APHORT aconselha prudência a empresários da restauração na reabertura
Covid-19
28 de abr. de 2020, 10:50
— Lusa/AO Online
“A
ida a um restaurante não pode ser transformada num momento de medo ou de
tensão”, lê-se num comunicado divulgado pela APHORT, no qual sublinha
que é necessária calma e prudência nesta altura, “face às várias medidas
de proteção que têm vindo a ser propostas nos últimos dias, no sentido
de preparar o setor da restauração para a reabertura dos
estabelecimentos”, depois da pandemia de Covid-19 ter motivado o seu
encerramento.Reiterando que “há ainda
muita coisa por decidir”, a associação defende a implementação de
medidas de proteção exequíveis e proporcionais, considerando que muitas
das que estão em cima da mesa em discussão devem ser analisadas de forma
ponderada.A medição da temperatura
corporal dos clientes é, por exemplo, uma das medidas que a APHORT
considera complexa e que dificilmente terá aplicação imediata, uma vez
que vai exigir a criação de legislação “clara e inequívoca” por parte do
Governo.Assim, o presidente da APHORT,
Rodrigo Pinto Barros, aconselha os empresários a não se precipitarem em
“investimentos avultados, em torno de medidas que não foram ainda dadas
como certas”.“Sem essa legislação, os
empresários podem inclusivamente ficar sujeitos ao pagamento de coimas
avultadas, uma vez que está em causa a violação do Regulamento Geral de
Proteção de Dados”, acrescenta.A
associação considera que é importante avaliar se as medidas para o setor
que estão a ser discutidas são de facto exequíveis e acessíveis a todos
os estabelecimentos, tanto ao nível da aplicação prática, como dos
custos.“A restauração sempre se preocupou
com a limpeza e o asseio dos estabelecimentos e com o cumprimento de
boas práticas por parte dos colaboradores, pelo que o setor irá ser
capaz de continuar a fazê-lo, com as adaptações necessárias e através da
adoção de novas medidas, desde que estas sejam proporcionais e
adequadas”, considera Rodrigo Pinto Barros.A
APHORT alerta, ainda, para a importância de fazer com que os clientes
se sintam acolhidos e protegidos nos estabelecimentos, o que não se
consegue transformando a ida a um restaurante “num momento de medo ou
tensão”.