Apenas 0,18% de vacinados com AstraZeneca em Espanha com efeitos secundários
Covid-19
9 de abr. de 2021, 16:59
— Lusa/AO Online
Estes
são números do quarto "Relatório de farmacovigilância sobre vacinas
COVID-19", publicado hoje pela Agência Espanhola de Medicamentos e
Produtos de Saúde (Aemps) com dados recolhidos até 21 de março último.A
Aemps também anuncia que, do total de 6.125.119 doses de vacinas
administradas até essa data, foram recebidas 11.182 notificações de
eventos adversos (0,18%).No documento, a
agência espanhola alerta para "alguns eventos adversos" de inflamação
localizada em pessoas vacinadas com o medicamento da Pfizer, que tinham
recebido anteriormente injeções de enchimento na pele do rosto (por
exemplo, ácido hialurónico), tendo o folheto informativo (bula) que ser
atualizado, no caso de se confirmar.Entretanto,
o responsável pela Saúde da comunidade autónoma de Madrid, Antonio
Zapatero, afirmou hoje que "a confusão gerada pelo Ministério da Saúde”
espanhol à volta da vacina AstraZeneca fez com que a percentagem de
recusa de vacinação com estas doses passasse de 2% para 60% e até 70% na
região. Os responsáveis nacionais e
regionais da Saúde decidiram na quarta-feira parar com a vacinação da
AstraZeneca a menores de 60 anos, depois de ter sido conhecido um
parecer da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) que concluiu existir
uma “possível relação” entre a administração do fármaco e a formação de
“casos muito raros” de coágulos sanguíneos.Apesar
de tais riscos, a EMA insistiu nos benefícios do fármaco, dada a
gravidade da pandemia, e comparou estes eventuais efeitos secundários
com os da toma de contracetivos hormonais como a pílula.A
decisão em Espanha foi tomada com o voto contra da região de Madrid,
que pediu para alargar o limite aos maiores de 65 anos e um dia depois,
na quinta-feira, o Ministério da Saúde e as comunidades optaram por
alargar o limite de idade para 69 anos, uma vez terminada a vacinação do
grupo entre os 60 e os 65 anos.Em Espanha, as comunidades autónomas têm competência em matéria de política se Saúde.Por
outro lado, o Governo central, de esquerda, e o da Comunidade de
Madrid, de direita, aproveitam todas as oportunidades para se atacarem
politicamente, numa altura em que já começou a pré-campanha para as
eleições de 04 de maio próximo na região em que fica situada a capital
de Espanha.