APCVD lembra que promotores de espetáculos têm de zelar pela segurança de todos
14 de set. de 2022, 16:10
— Lusa/AO Online
“Devem os
promotores dos espetáculos desportivos zelar pela compatibilização e
equilíbrio das componentes ‘Segurança’, ‘Proteção’ e ‘Serviços’ , bem
como pela facilitação de adequadas condições de hospitalidade e fruição
do espetáculo desportivo no acolhimento dos adeptos visitados/locais e
visitantes”, refere a Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência
no Desporto (APCVD), numa nota informativa.Poucos
dias depois de uma criança ter sido obrigada a despir uma camisola do
Benfica, no estádio Municipal de Famalicão, a APCVD refere que “o mero
envergamento de peças de vestuário, que se sublinha terem natureza
diferente de meros adereços, e desde que não contenham símbolos, sinais
ou mensagens ofensivas, violentas, intolerantes, de caráter racista ou
xenófobo, não deverá ser condicionante ao acesso e permanência dos seus
portadores”.“De igual forma, não se
considera que a sua remoção seja, por si, suficiente para garantir a
segurança dos adeptos visados”, acrescenta o organismo, numa aparente
reação ao facto de a criança ter sido obrigada a assistir ao
Famalicão-Benfica, da I Liga de futebol, em tronco nu.A
APCVD defende que “perante a necessidade de deslocar adeptos para
outras zonas ou setores por questões de segurança, deverá ser avaliada
primariamente a possibilidade de acomodar tais adeptos (do clube
visitado ou visitante) junto das respetivas zonas no recinto
desportivo”.O incidente, ocorrido no
sábado, já foi repudiado pelo secretário de Estado da Juventude e do
Desporto, João Paulo Correia, e também por Pedro Proença, presidente da
Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), organismo que já fez
saber que irá debater o caso.