APAV lança campanha para prevenir cibercrime e promover denúncia
23 de set. de 2019, 10:20
— Lusa/AO Online
“Não
é preciso ver para crer” é o nome da ação criada para combater o
cibercrime que chama a atenção para alguns dos principais crimes que
ocorrem atualmente na Internet.O
‘cyberbullying’, a pornografia infantil, a burla e a divulgação não
consensual de imagens e vídeos são os crimes mais usuais, recorda a
Associação Portuguesa de Apoio à Vítima.No
ano passado foram identificados mais de 20 mil indivíduos vítimas de
‘bullying’ digital: 4.200 foram alvo de roubo de identidade e cerca de
mil crianças viram-se expostas em filmes de pornografia infantil, lembra
a APAV. Entre os cibernautas portugueses,
78% afirma estar mal informado sobre como se devem proteger contra
ameaças de cibercrimes. Esta falta de informação estende-se ao resto do
mundo, estimando-se que pelo menos 400 milhões de pessoas sejam vítimas
de cibercrime todos os anos.O porta-voz da
APAV, Ricardo Estrela, lembra que os crimes praticados na Internet têm
vindo a aumentar: "Desde racismo, discurso de ódio, pornografia
infantil, entre muitas outras formas de criminalidade, a internet está a
reacender comportamentos que condenamos e, as pessoas que sofrem este
tipo de crimes têm de ser apoiados e ter recursos que lhes permitam
defenderem-se e combaterem esta forma de criminalidade”.A
Linha Internet Segura está disponível através do email
linhainternetsegura@apav ou através do número de telefone 800.219.090. A
APAV recorda que este apoio é confidencial e gratuito, tal como
acontece com todos os outros serviços da associação.“Depois
de a Lúcia pedir o divórcio o marido partilhou esta foto dela nua” é a
mensagem escrita a vermelho de um dos cartazes da campanha que chama a
atenção para a divulgação de imagens não autorizadas. Apesar
da mensagem, o cartaz não ostenta qualquer fotografia, mas sim um
espaço em branco onde era suposto estar a imagem com uma legenda que diz
“se não estás a ver esta imagem é porque alguém a viu e denunciou”.A APAV apresentou quatro cartazes com textos aludindo a vários crimes, tais como pornografia infantil ou atos racistas.