APAV apoiou 99 pessoas na sequência de homicídios tentados ou consumados
30 de jun. de 2020, 13:18
— Lusa/AO Online
As mulheres estiveram em maioria entre os utentes da estrutura de apoio da APAV.
O apoio especializado a este tipo de vítimas surgiu em 2013, através da
Rede de Apoio a Familiares e Amigos de Vítimas de Homicídio e
Terrorismo e, até ao ano transato, apoiou um total de 632 pessoas,
indica a associação num relatório estatístico hoje divulgado.
O pico foi atingido em 2014, com 219 pessoas apoiadas, baixando para 90
em 2015. Os anos seguintes mantiveram a tendência decrescente, para os
números voltarem a subir entre 2018 e 2019 (de 68 para 99 utentes
apoiados). “Paralelamente, a atividade
do Observatório de Crimes de Homicídio revela, em 2019, a existência de
88 crimes de homicídio em Portugal e 32 portugueses mortos no
estrangeiro”, lê-se no documento. A APAV
usa dados reportados pela comunicação social em Portugal para dizer que
daqueles 88 crimes, quase metade (41) ocorreu em contexto de violência
doméstica, sendo que 26 dizem respeito a relações de intimidade atuais
ou passadas: 22 mulheres e quatro homens.
Foram feitos 689 atendimentos telefónicos, por escrito ou online, no
âmbito da Rede de Apoio a Familiares e Amigos de Vítimas de Homicídio e
de Vítimas de Terrorismo (RAFAVHT). No que
diz respeito ao perfil dos utentes apoiados, as mulheres estiveram em
maioria (57% do total na sequência de homicídio tentado e 66% na
sequência de homicídio consumado).