APAF apela à FPF para estender apoios ao setor da arbitragem
Covid-19
27 de abr. de 2020, 10:59
— Lusa/AO Online
O
pedido foi divulgado pelo presidente da APAF, numa carta aberta
endereçada aos “árbitros, observadores, técnicos e demais agentes da
arbitragem”, na qual Luciano Gonçalves revela ainda que, em resposta, a
FPF já solicitou um “levantamento das dificuldades dos agentes de
arbitragem da FPF” resultantes da pandemia de covid-19. Em
declarações à agência Lusa, o líder da APAF admitiu não ter ainda
“números em concreto”, mas adiantou que a associação “tem conhecimento e
está a acompanhar algumas situações de dificuldade” e que o próprio
dirigente, numa perspetiva meramente pessoal, tem ajudado “dentro das
possibilidades”, mediante os contactos recebidos. “Temos
conhecimento de que já existem alguns colegas que estão a ser ajudados
ou em início de processo junto da Associação de Auxílio de Arbitragem
(AAA), mas mais casos serão encaminhados nos próximos dias e acredito
que, apesar desta tipologia de situação não estar contemplada no
regulamento da associação, a mesma será sensível à situação anómala e
imprevista que estamos a passar”, escreveu Luciano Gonçalves na missiva
enviada ao setor.A Associação de Auxílio
de Arbitragem (AAA), explicou Luciano Gonçalves, é uma entidade que gere
"dinheiro que é descontado a todos os árbitros para ajudar em situações
extremas", mas cujos regulamentos não contemplam a atual situação de
interrupção das competições devido à pandemia de covid-19. Gonçalves
referiu ainda que a pandemia veio pôr a nu a “fragilidade e
precariedade” do setor da arbitragem em Portugal e prometeu lutar por
“um verdadeiro profissionalismo da classe, pelo reconhecimento da
atividade de árbitro e pela criação de um fundo de apoio” que possa, no
futuro, salvaguardar os agentes de arbitragem em situações semelhantes. O dirigente apelou também aos associados da APAF para que aliviem o ‘peso’ da atividade no orçamento familiar. “Por
favor, no futuro, pensem nas vossas vidas, nas vossas famílias e
compreendam que a arbitragem é apenas um 'hobby' para 98%”, sublinhou
Luciano Gonçalves.