Anulado concurso para a DGArtes aberto em dezembro de 2016
5 de jun. de 2018, 09:15
— Lusa/AO online
Um
novo pedido já foi apresentado pelo Ministério da Cultura à Comissão de
Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP), devendo
abrir em breve, segundo indica a página desta comissão na internet.Por
indicação do secretário de Estado da Cultura, Miguel Honrado,
transmitida em 09 de maio de 2018, à presidente da Comissão de
Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP), Maria
Júlia Ladeira, o concurso com vista ao recrutamento para o cargo de
diretor-geral da DGArtes “foi anulado (…), por se ter verificado um erro
nos pressupostos de avaliação do perfil de um dos candidatos (…),
passando a proposta de designação a ter apenas dois candidatos”, não
cumprindo o estabelecido na lei.Questionada
a CReSAP sobre o motivo pelo qual foi anulado o concurso, referido no
despacho hoje publicado (n.º 5552/2018), a comissão informou que este
foi anulado por Miguel Honrado “ter considerado não ter três candidatos"
para poder designar o diretor-geral das Artes de entre os três nomes
propostos.“Este
facto ficou a dever-se a ter sido considerado que um dos candidatos não
possuía licenciatura há mais de dez anos, como a lei estabelece”,
explicou a CreSAP.Em
causa está o concurso para recrutamento do cargo máximo da DGArtes,
aberto em dezembro de 2016, e ao qual Paula Varanda – que fora nomeada
diretora-geral do organismo, em 31 de maio de 2016, em regime de
substituição – concorrera, acrescentou.Ao
abrigo da lei, referiu a CreSAP, as nomeações em regime de substituição
não podem exercer o cargo por um período superior a 90 dias.Este
processo, contudo, foi moroso, segundo a CReSAP, uma vez que se
registaram alterações de leis orgânicas do Governo, o que implicou a
necessidade de indicação de um vogal não permanente e de um perito para o
júri do concurso e consequente publicação destas indicações em Diário
da República.Paula Varanda tinha uma licenciatura em dança, tirada em Inglaterra, em 2003, que foi considerada válida pelo júri do concurso. Contudo, a lei exige licenciatura há mais de dez anos para o exercício do cargo de diretor-geral, acrescentou a fonte da CreSAP.Paula
Varanda só pediu equivalência da sua licenciatura em Portugal em 2016,
pelo que o júri entendeu que não se cumpriam os requisitos para que
pudesse exercer o cargo.Por
isso, o concurso foi anulado, uma vez que Paula Varanda, anterior
diretora-geral das Artes, não cumpria os requisitos para o cargo.A
ex-diretora-geral da DG Artes Paula Varanda foi demitida no início de
maio último, por incompatibilidade para ocupar o cargo de diretora e
“perda de confiança política”, tendo sido substituída por Sílvia Belo
Câmara, que era assessora do gabinete do atual secretário de Estado da
Cultura, desde 2016.A
manutenção em funções da diretora-geral das Artes, Paula Varanda, numa
entidade cultural, "o que configura uma incompatibilidade", está na
origem da demissão da responsável por "perda de confiança política",
revelou um comunicado do Ministério da Cultura, datado de 04 de maio.No mesmo documento, o Ministério anunciou que ia pedir à CReSAP para abrir concurso para o cargo.De
acordo com a página da CReSAP na internet, o pedido para o novo
concurso já foi feito, estando a abertura prevista para breve.