António Costa responde hoje aos deputados sobre política geral, saúde deverá dominar debate
22 de jun. de 2022, 08:32
— Lusa/AO Online
O último debate
parlamentar sobre política geral aconteceu em 07 de outubro de 2021,
algumas semanas antes do ‘chumbo’ do Orçamento do Estado para 2022, e
que teve como consequência a dissolução do parlamento no início de
dezembro e a convocação de eleições antecipadas para 30 de janeiro deste
ano, que o PS voltou a vencer, mas com maioria absoluta.O
debate começará com as perguntas do PSD e fonte oficial do partido
disse à Lusa que o ainda presidente do partido, Rui Rio (que cessará
funções no primeiro fim de semana de julho), não fará qualquer
intervenção, cabendo ao líder parlamentar, Paulo Mota Pinto, abrir o
debate com o primeiro-ministro.Seguem-se
perguntas das bancadas do Chega, IL, PCP e BE e dos deputados únicos do
PAN e do Livre, fechando a primeira ronda com questões do PS.A
segunda ronda abrirá com os socialistas, seguindo-se os restantes
partidos por ordem decrescente de representação, num debate com um total
de três horas previstas de discussão.O
tema da saúde deverá dominar o debate, depois de vários encerramentos
pontuais de urgências obstétricas nos últimos dias e muitas críticas da
oposição, a par de outros assuntos de atualidade, como as filas
registadas nas chegadas aos aeroportos portugueses, ou a situação
económica de incerteza com a subida da inflação e das taxas de juro.Há
algumas semanas, foram vários os partidos a exigir esclarecimentos no
parlamento ao primeiro-ministro sobre o acolhimento aos refugiados
ucranianos em Portugal, depois de denúncias de que haveria associações
com elementos pró-russos envolvidos no processo em Setúbal, com António
Costa a responder, aos jornalistas, estar obrigado ao dever de segredo
sobre as atividades dos serviços de informações.Depois
do debate geral, o primeiro-ministro protagonizará ainda o debate
preparatório do Conselho Europeu de quinta e sexta-feira e que terá como
tema central a discussão da concessão do estatuto de candidato à
Ucrânia e à Moldova.Na
sexta-feira passada, o primeiro-ministro recebeu todos os partidos com
assento parlamentar a propósito deste Conselho Europeu e, no final,
perante uma posição favorável “quase unânime” de todas as forças
políticas (o PCP defendeu que a prioridade deve ser “o diálogo” e o
“esforço para a paz”), António Costa anunciou que Portugal irá
acompanhar o parecer da Comissão Europeia para que seja concedido à
Ucrânia e à Moldova o estatuto de países candidatos à União Europeia.