Antigo presidente da SATA diz que empresa não tinha capital "para se deixar iludir"
19 de dez. de 2018, 18:12
— Lusa/AO Online
Falando
no parlamento dos Açores, em audição na comissão de inquérito ao setor
público da região, Parreirão sublinhou que o grupo SATA tinha
desequilíbrios "financeiros, económicos e operacionais", e o plano que
pretendeu implementar na SATA "previa uma companhia aérea mais pequena".O gestor foi presidente da transportadora açoriana entre maio de 2014 e novembro de 2015.No
que refere à SATA Internacional, que evoluiu para Azores Airlines, Luís
Parreirão pretendeu um "foco exclusivo" nas operações no Atlântico
Norte, com uma "redução muito significativa da estrutura" da empresa,
nomeadamente com redução dos custos operacionais e referentes a
tripulações."A SATA não tinha mais capital para se deixar iludir", assinalou o gestor. Luís
Parreirão, que foi secretário de Estado das Obras Públicas de um
Governo socialista de António Guterres, assumiu a presidência do
Conselho de Administração da SATA em maio de 2014, tendo sido durante a
sua gestão que a transportadora aérea escolheu os novos aviões de longo
curso, os A330.Na
altura, o Governo Regional justificou a escolha com o facto de Luís
Parreirão ter “uma vasta experiência no setor público na área da
Administração Pública e, no setor privado, na área da gestão de
empresas, tendo assumido diversos cargos nas respetivas administrações,
incluindo presidente e CEO”.