Autor: Paula Gouveia
A antiga Escola Central, situada em pleno centro da cidade da Ribeira Grande, está devoluta há mais de quatro anos, mas em breve vai ganhar vida com outra função.
A Câmara Municipal da Ribeira Grande, proprietária do edifício quase centenário, está a proceder à requalificação do imóvel, com o fim de o adaptar a Casa das Associações, um espaço onde as associações do concelho possam desenvolver as suas atividades.
Em 2016, depois de construída a nova Escola Básica Integrada da Ribeira Grande, o edifício ficou fechado e sem uso, e a autarquia decidiu concessioná-lo, com o fim de ser uma unidade hoteleira, mas como a concessão nunca foi concretizada, o município mudou os seus planos para o espaço.
Como explica Alexandre Gaudêncio,
presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande, “em 2016, o edifício
que é património da autarquia ficou devoluto. E nessa altura, fruto
também da abertura do espaço aéreo e da falta de unidades hoteleiras que
a cidade tinha, pretendíamos que aquele espaço fosse transformado numa
unidade hoteleira. Para o efeito foi aberto um concurso público, fizemos
uma concessão, surgiu mais do que um interessado, e o júri deliberou a
favor de uma das propostas”.
Contudo, adianta o autarca, “passados poucos meses, esta empresa que ganhou a concessão manifestou que não tinha capacidade para fazer o projeto que tinha ganho o concurso”.
Agora, salienta o presidente da Câmara, “tendo em conta que foram surgindo projetos hoteleiros no concelho - recordo que já temos uma unidade de cinco estrelas no centro da cidade, e há uma série de alojamentos locais que abriram -, achámos que aquele espaço, sendo concessionado para turismo seria uma concorrência desleal a quem estava a investir de forma direta. E daí termos colocado à consideração do executivo e de Conselho Municipal de Juventude este projeto”. Segundo Alexandre Gaudêncio, o Conselho Municipal de Juventude já tinha solicitado um espaço na cidade que pudesse albergar as associações que não têm uma sede física.
Segundo o autarca, “estamos a concluir a obra de adaptação que basicamente é recuperar o edifício no interior e exterior, sem alterar o seu aspeto arquitetónico porque é quase centenário”. E “prevemos que, no mês de junho, possamos abrir o concurso para começar a ceder os primeiros espaços”, revelou, explicando que os espaços serão atribuídos respeitando o regulamento aprovado na Assembleia Municipal.
“O
edifício está dividido em sete espaços que podemos ceder a instituições e
tem dois espaços multiusos, havendo a possibilidade de fazer uma
camarata para um possível intercâmbio cultural de grupos associativos.
No espaço exterior envolvente também será permitido desenvolver
atividades”, revelou o autarca.