Anterior concurso de privatização da SATA deu “zero candidatos”
3 de ago. de 2023, 05:55
— Lusa/AO Online
Duarte
Freitas, que falava em conferência de imprensa em Ponta Delgada, sobre a
iniciativa Construir 2030, questionado sobre a idoneidade das duas
candidaturas apresentadas ao processo de privatização da Azores
Airlines, referiu que existe um júri cujos elementos “são à prova de
bala em termos de credibilidade”.Além
disso, existe uma comissão técnica de acompanhamento que merece “toda a
credibilidade”, acrescentou o secretário regional das Finanças,
Planeamento e Administração Pública. “Estamos
confiantes e seguros que, com este júri e a comissão técnica de
acompanhamento, vai ser feita a triagem absolutamente necessária para
aferir da viabilidade e compatibilidade dos vários concorrentes para
depois se apresentar a solução que seja mais correta”, disse Duarte
Freitas.Questionado se a existência de
dois candidatos é satisfatório, o titular da pasta das Finanças declarou
que “é aquilo que o mercado deu”.Duarte
Freitas recordou que “já houve um concurso que deu zero candidatos”,
lamentando que quem lançou esse concurso - governo socialista – “ainda
se atreve a pronunciar-se” agora.“O PS
deveria ser o último partido a poder abrir a boca. Foi quem desgraçou a
SATA e falhou um processo concursal, e ainda tem o desplante de falar”,
afirmou. O concurso para a privatização da
Azores Airlines recebeu duas propostas, apresentadas pelo Atlantic
Consortium e pelo consórcio NewTour/MSAviation, que ofereceram 6,50
euros por cada ação da companhia responsável pelas ligações com o
exterior dos Açores.O anúncio foi feito
durante o ato público de abertura das propostas referentes ao concurso
público internacional para a privatização da transportadora, que
decorreu na segunda-feira na sede do grupo SATA, em Ponta Delgada.Segundo
adiantou na altura o presidente do júri, Augusto Mateus, a primeira
proposta, do NewTour/MSAviation, foi apresentada às 11:37 desse dia e
pretende adquirir 760 mil ações, com um preço global de 4,940 milhões de
euros (6,50 euros por cada ação).Já a
segunda proposta, do Atlantic Consortium, deu entrada às 11:43, com um
preço total de 4,875 milhões de euros, oferecendo 6,50 euros por cada
ação.Face às semelhanças entre as duas
propostas, o caderno de encargos prevê a realização de um novo ato
público de forma a permitir aos concorrentes a alteração dos valores,
ainda de acordo com o presidente do júri.O novo ato público deverá decorrer na “próxima semana”, conforme as “disponibilidades”, admitiu Augusto Mateus.