Angra do Heroísmo com Sara Miguel e Tomás Marques no Dia Internacional do Jazz

28 de mar. de 2019, 16:25 — Lusa/AO Online

“Nós, associação cultural AngraJazz, que promovemos o festival internacional de jazz de Angra do Heroísmo há 20 anos, não podíamos de forma nenhuma ficar fora do Dia Internacional do Jazz”, adiantou o presidente da associação, José Ribeiro Pinto.As comemorações, que terão lugar no Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, no dia 30 de abril, dão destaque ao jazz português, com dois espetáculos musicais. Primeiro sobe ao palco a cantora portuense Sara Miguel, que reside há vários anos na ilha Terceira, e depois o saxofonista Tomás Marques, natural de Estarreja.Acompanhada por Gonçalo Moreira, no piano, Michael Ross, no contrabaixo, e Edmundo Diaz, no audiovisual, e com Roberto Rosa (trompete) e Rui Melo (saxofone) como convidados, a cantora natural do Porto criou um espetáculo específico para comemorar o Dia Internacional do Jazz. “A Sara Miguel decidiu homenagear a Nina Simone, que foi uma grande cantora e que foi extremamente comprometida com as lutas dos direitos humanos”, salientou José Ribeiro Pinto.A noite encerra com o quinteto do jovem saxofonista Tomás Marques, que sobe ao palco com João Barradas, no acordeão, Augusto Baschera, na guitarra, Rodrigo Correia, no contrabaixo, e Diogo Alexandre, na bateria. “O Tomás Marques foi eleito revelação do ano do jazz em Portugal. É um saxofonista que tem 19 anos. É um dos grandes miúdos do jazz português, absolutamente fantástico, que está a entusiasmar toda a crítica”, frisou o presidente da associação cultural AngraJazz, acrescentando que o quinteto é jovem, mas conta já com “enorme reconhecimento nacional e internacional”.Com um orçamento de 7.000 euros, o evento ainda atrai menos participantes do que o festival AngraJazz, que decorre em outubro e tem um cartaz com nomes internacionais, mas a organização acredita que a adesão poderá aumentar com o passar dos anos.“O nosso objetivo é chamar à atenção das pessoas para a importância do dia e trazê-las cada vez em maior número”, apontou José Ribeiro Pinto.Para o vereador da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo com a pasta da cultura, Guido Teles, a comemoração do Dia Internacional do Jazz na cidade era “incontornável”, tendo em conta a realização do festival AngraJazz há mais 20 anos e o surgimento de outras iniciativas ligadas ao estilo musical como programas de rádio e o festival +Jazz, destinado a um público mais jovem.“É sem dúvida nenhuma a cidade açoriana que mais intimamente está ligada ao género musical do jazz”, frisou.Em novembro de 2011, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO, na sigla em inglês) designou oficialmente o dia 30 de abril como Dia Internacional do Jazz, com o objetivo de chamar à atenção para o papel do jazz como embaixador da tolerância, compreensão e partilha entre pessoas de todo o mundo. Este ano, as comemorações vão decorrer em cerca de 190 países, estando já previstos eventos em quatro localidades portuguesas: Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, Madalena, na ilha do Pico, Águeda, em Aveiro, e Vila Nova de Famalicão, em Braga.