ANA pede a passageiros com voos cancelados para não irem aos aeroportos
Covid-19
17 de mar. de 2020, 16:22
— Lusa/AO Online
"Contactem as respetivas companhias áreas, por telefone ou meios online", avisa a ANA, em comunicado divulgado.A gestora
dos aeroportos nacionais pede ainda aos passageiros com voos cancelados
que "não se desloquem" ao aeroporto "a fim de serem evitadas
aglomerações de pessoas no terminal".Já na
segunda-feira a ANA tinha pedido que só se deslocassem aos aeroportos
nacionais as pessoas que forem efetivamente viajar, para evitar
aglomerados, face à situação de pandemia de Covid-19.“Consciente
da necessidade de evitar grandes aglomerados de pessoas nos aeroportos,
face à situação de emergência que se vive no país, a ANA está a
trabalhar com a PSP [Polícia de Segurança Pública] no sentido de criar
um sistema de limitação de acesso que possa ser rapidamente
implementado”, segundo um comunicado enviado pela gestora dos aeroportos
na segunda-feira.Dentro dos aeroportos,
os passageiros vão ser “orientados para circuitos seguros”, dizia a ANA,
de forma a cumprirem a recomendação da Direção-Geral da Saúde de
distanciamento social, para prevenir o contágio pelo novo coronavírus.Sempre que necessário, a ANA recorrerá ao apoio da PSP, garantia.Aquelas
medidas, acrescentava a ANA, inserem-se num conjunto de outras que já
tinham sido implementadas, como o reforço do plano de limpeza das áreas
comuns dos aeroportos, a instalação de mais dispensadores de gel
desinfetante, a afixação e disponibilização de informação dirigida aos
passageiros nas entradas no país e a criação de áreas de contenção, nos
aeroportos da rede ANA.A empresa decidiu ainda implementar o teletrabalho, nos casos em que as funções desempenhadas assim o permitam.A
Direção-Geral da Saúde elevou hoje para 448 o número de infetados pelo
novo coronavírus, mais 117 do que os contabilizados na segunda-feira.Segundo a DGS, há três casos recuperados.O
Governo declarou na sexta-feira o estado de alerta no país, colocando
os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em
prontidão, e suspendeu as atividades letivas presenciais em todas as
escolas, impondo restrições em estabelecimentos comerciais e
transportes, entre outras.Os governos
regionais da Madeira e dos Açores decidiram impor um período de
quarentena a todos os passageiros que aterrarem nos arquipélagos,
enquanto o Governo da República desaconselhou as deslocações às ilhas.Já
tinham sido tomadas outras medidas em Portugal para conter a pandemia,
como a suspensão das ligações aéreas com a Itália, o país da Europa mais
afetado.