Ana Gomes distancia-se de plataforma de apoio à sua candidatura presidencial
2 de jun. de 2020, 10:45
— Lusa/AO Online
“Houve alguém que me disse que tinha sido
criada uma plataforma, mas não sei, não fui ver. Estou a refletir e,
portanto, não senti nenhum ímpeto para ir ver quem é que lá estava, quem
é que lá não estava. É uma iniciativa de algumas pessoas, em relação à
qual não tenho nenhuma ligação”, explicitou a ex-eurodeputada, quando
questionada pela agência Lusa sobre se tinha conhecimento da Plataforma
Cívica de Apoio à Candidatura de Ana Gomes à Presidência da República.São
subscritores desta iniciativa personalidades como o antigo deputado do
PS e ex-candidato presidencial Henrique Neto, o ex-presidente da Câmara
Municipal de Matosinhos Narciso Miranda ou o ex-autarca de Fafe José
Ribeiro.Questionada se esta plataforma
terá impacto na decisão de se candidatar às presidenciais do próximo
ano, Ana Gomes sublinhou que a reflexão que está a fazer terá “muitos
fatores em consideração” e que esta plataforma poderá ser “um dos
fatores, eventualmente, mas não é o único” que terá em conta.“A
minha reflexão é, sobretudo, na base de ouvir pessoas que muito estimo,
que muito prezo, e não propriamente na base de iniciativas que estão a
ser tomadas por algumas pessoas. Não tenho nada contra, não tenho nada a
favor, não tenho nenhuma ligação, não impulsionei isso”, frisou a
antiga eurodeputada.Em relação à
plataforma, é explicitado que “nunca uma mulher foi Presidente da
República”, que Ana Gomes “é uma mulher de causas” e que “desenvolve uma
reconhecida atividade cívica”.A “longa
carreira diplomática” da também comentadora política é utilizada nos
pressupostos desta iniciativa, assim como a “experiência no campo da
política europeia”.Ana Gomes “tem lutado
contra a cartelização da justiça, o enriquecimento ilícito e o tráfico
de influências”, realçam os subscritores desta plataforma.A
Plataforma Cívica de Apoio à Candidatura de Ana Gomes à Presidência da
República considera, por isso, que antiga eurodeputada do PS “representa
uma alternativa ao candidato do regime Marcelo Rebelo de Sousa [atual
Presidente da República], utilizando as suas próprias palavras, e ao
populismo do já anunciado candidato André Ventura [deputado único e
dirigente do Chega]”.