O grupo ETE, ao qual pertence a Transinsular Açores, apresentou, ontem, em cerimónia, na freguesia de Santa Clara, em Ponta Delgada, o seu novo armazém de frio do polo logístico, que mais do que duplica a anterior capacidade de armazenagem de cargas frigoríficas. Administrador do grupo afirmou que irá haver um investimento continuado em todo o arquipélago.

Em declarações ao Açoriano Oriental, o administrador do grupo ETE, Tiago Martins, explica que esta ocasião foi uma oportunidade de inaugurar uma nova infraestrutura, “que é uma grande expansão”, mas “acima de tudo”, trata-se de “alargar o serviço a uma oferta ainda mais integrada, ainda mais completa”.

“É esta capacidade e oferta integrada como nós chamamos no grupo: logística total, que mais do que ter infraestrutura é ter o serviço à disposição, que é distintivo e que nós hoje também nos orgulhamos muito de estar a assinalar”, sustentou.

O investimento desta obra “foi orçado em cerca de três milhões de euros”, no entanto é um valor que para Tiago Martins é apenas “uma pequena pedra de investimento naquilo” que é o “terceiro investimento neste centro logístico”.

“Em 2000 inaugurámos este centro, em 2021 fizemos uma primeira expansão de frio industrial e agora estamos a fazer esta segunda. Estamos na terceira fase de investimento”, assinala, adiantando que juntando todas as três fases já vai “em dezenas de milhões de euros de investimento”.

Recordando que a frota marítima do grupo é composta por “três navios em exclusivo para a Região Autónoma dos Açores, mais um quarto navio que é interilhas de abastecimento de combustível”, Tiago Martins frisa que se trata de um investimento total bastante considerável que a empresa está a colocar “ao serviço dos Açores”, “dos agentes económicos locais” e da “população”.

O administrador salientou ainda a aposta do grupo ETE na questão da sustentabilidade “aos vários níveis”.

Por isso, realçou que existe uma preocupação acrescida com a reutilização de materiais, eficiência energética, eficiência hídrica, tratamento adequado de resíduos, bem como com o desígnio de redução da pegada ambiental.

“Tivemos um cuidado particular naquilo que foi a reutilização de materiais. Conseguimos reaproveitar da estrutura existente para a ampliação que efetuamos, e portanto isto também entra na lógica de economia circular, reutilização de materiais e redução de desperdício”, afirmou.

Refere-se ainda que vão ser colocados 400 painéis fotovoltaicos nas coberturas dos edifícios destas instalações, para a produção de energia para autoconsumo, que irão contribuir para a capacidade de gerar energia que colmate 50%do consumo de energia elétrica anual.

Além disso, existe uma preocupação com a eficiência energética, havendo equipamentos e iluminação “energicamente eficientes”, bem como um conjunto de dispositivos eletrónicos que contribuem para que o consumo energético “seja otimizado até ao limite”.

Questionado sobre futuros projetos e investimentos do grupo ETEna Região, Tiago Martins diz que irá haver um “investimento continuado em todo o arquipélago”.

“Vamos diversificar investimentos para além de Ponta Delgada. Vamos investir e ter uma presença acentuada noutras ilhas e esse é o nosso compromisso: o grupo ETE está na Região Autónoma dos Açores para ficar. Temos nove décadas de história do grupo ETE, temos três décadas na Região Autónoma dos Açores e queremos ficar bastantes mais”, garantiu.