Alunos da Escola Superior de Dança em greve contra degradação das instalações
8 de jan. de 2018, 10:11
— Lusa/AO online
“Há
dias em que os professores têm de tirar a água das salas com baldes.
Temos fungos e humidade. Temos ratos e baratas. Os últimos espetáculos
dos alunos foram cancelados por motivos de segurança”, contou à Lusa, na
semana passada, Beatriz Dias, da Associação de Estudantes da ESD,
descrevendo vários problemas da escola pertencente ao Instituto
Politécnico de Lisboa (IPL).Beatriz
Dias está a terminar o curso de dança e diz que os problemas existem
desde o primeiro dia em que entrou na escola situada no Bairro Alto, há
três anos.Segundo
a finalista, há fitas amarelas e vermelhas que delimitam a zona da sala
de convívio, onde caiu um pedaço de teto, há cortinas onde deviam estar
portas a esconder as sanitas das casas de banho há aulas em estúdios
construídos na garagem do edifício.“As
condições foram sempre as mesmas, porque este é um espaço que não foi
criado de raiz e, por isso, está tudo a rebentar. Vão fazendo remendos,
mas não é suficiente. Os alunos já não estão a conseguir trabalhar”,
lamentou.Nos
estúdios não há regulação da temperatura ambiente, as janelas não fecham
e o sistema de aquecimento está avariado, segundo a aluna.A
Lusa contactou, na semana passada, direção da escola para confirmar as
situações relatadas pela direção da associação de estudantes, mas
ninguém esteve disponível.Criada
há 30 anos, a ESD desenvolve a sua ação nos domínios da formação
superior em dança e tem sido um polo criativo por onde passaram muitos
profissionais de dança em Portugal.