Alterações ao mapa judiciário aprovadas na especialidade no parlamento
16 de jan. de 2019, 17:16
— Lusa/AO Online
A
sexta alteração à lei, debatida e votada na comissão de assuntos
constitucionais, direitos, liberdade e garantias, foi aprovada com os
votos favoráveis do PS, BE, PCP e PEV e com a abstenção de PSD e CDS.Em
sede de especialidade, a proposta de lei do Governo recebeu duas
alterações, uma do grupo parlamentar do PS e outra do PCP, tendo sido
chumbada a do Partido Comunista com os votos contra do PS e a abstenção
do PSD e aprovada a alteração apresentada pelo Partido Socialista.As alterações apresentadas pelo PS previam a criação do tribunal de execução de penas dos Açores, em Ponta Delgada, para
dar “resposta a um anseio de longa data dos reclusos - e seus
familiares - residentes nas nove ilhas dos Açores que se encontram a
cumprir penas” em prisões da região autónoma, lê-se na proposta. Até agora, esse juízo está localizado em Lisboa. Segundo
o governo, as alterações à lei permitirão que os julgamentos das ações
cíveis sejam realizados por juízes de proximidade de competência
genérica, sendo "um passo decisivo na reaproximação dos cidadãos da
justiça".Na
primeira alteração à Lei de Organização do Sistema Judiciário em 2016
ficou definido que os julgamentos dos processos crime, cuja moldura
penal não exceda os cinco anos, em tribunal singular, passariam a ser
realizadas no juízo territorialmente competente, ainda que se trate de
um juízo de proximidade.O
Governo considerou que os resultados alcançados foram positivos e
decidiu alargar essa solução para os processos cíveis da competência dos
juízos locais cíveis e dos juízos de competência genérica.