Alojamento Local dos Açores "sempre lutou" para suspender apreciação de Plano Turístico
19 de mai. de 2022, 12:43
— Lusa/AO Online
"Considerando que a
posição da ALA foi sempre desfavorável à redação e modelo proposto pelo
POTRAA, que se configurava como um ataque ao Alojamento Local nos
Açores, é com enorme satisfação que recebemos a informação que o diploma
não será discutido pela Assembleia Regional e que o mesmo será
totalmente revisto", refere a Associação, num comunicado assinado pelo
presidente Rui Correia.A Associação de
Alojamento Local dos Açores sublinha que a tomada de decisão "foi a que
sempre desejou e que desde o primeiro momento lutou para que
acontecesse".Rui Correia considera, ainda,
que o Governo dos Açores "dá sinais claro que irá ter outro tipo de
consideração e atenção pelo Alojamento Local" e tem em conta "a
importância" destes estabelecimentos de turismo "no presente" e para "o
futuro" do setor na Região Autónoma dos Açores.A
Associação refere, em particular, o fato de, nas justificações para o
cancelamento, a presidência do executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM
fundamentar a necessidade de realizar uma melhor estruturação,
explicação e aprofundamento de algumas medidas e propostas constantes no
decreto legislativo regional que revê o POTRAA.Nomeadamente,
refere-se no documento, a criação de uma nova tipologia de Alojamento
Local, AL+, analisando a sua pertinência e adequação à realidade do
mercado turístico nacional e internacional."A
ALA congratula-se por esta tomada de decisão que foi a que sempre
desejou, e que desde o primeiro momento lutou para que acontecesse",
lê-se ainda no comunicado.A Associação
revela ainda que já informou o Governo Regional dos Açores que está
disponível para colaborar com "a elaboração da nova versão do POTRAA e
demais alterações legislativas que visem o Alojamento Local".O
Governo açoriano pediu quarta-feira ao parlamento regional o
cancelamento da apreciação do novo Programa de Ordenamento Turístico da
Região Autónoma dos Açores (POTRAA), nomeadamente para analisar o setor
entre 2019 e o presente.A carta do
gabinete da Presidência do Governo, disponível na página da Internet da
Assembleia Legislativa Regional e consultada pela Lusa, apresenta nove
fundamentos para o pedido de cancelamento, nomeadamente os efeitos da
aprovação da taxa turística regional e a necessidade de ponderar os
efeitos, no setor, de “todos os factos e impactos que possam ter
existido desde 2019" até 2022.A versão do
POTRAA atualmente em vigor data de 2008 e está parcialmente suspensa e
sujeita a medidas de caráter provisório desde 2010.Várias
representações parlamentares alertaram para a desatualização dos dados
do relatório final de revisão do POTRAA, que foi aprovado no Conselho do
Governo em fevereiro, seguindo para apreciação do parlamento açoriano
sob a forma de Decreto Legislativo Regional.