Alojamento local dos Açores quer Governo Regional a rever medidas de apoio
Covid-19
15 de dez. de 2020, 12:34
— Lusa/AO Online
O presidente
da direção da ALA - Associação do Alojamento Local dos Açores, Rui
Correia, afirmou, em declarações à agência Lusa, que, “no imediato, o
Governo Regional deveria rever as medidas em vigor, de forma a que os
empresários em nome individual ou trabalhadores independentes, em
especial os que não têm contabilidade organizada, possam usufruir das
mesmas”.“Além disso, é tempo de criar
medidas com especial foco no alojamento local e suas especificidades,
para que durante a época baixa, que terá uma atividade muito residual,
se possa fazer face às despesas correntes, como água, resíduos,
eletricidade, telecomunicações, IMI, etc.”, declarou o dirigente
associativo.Rui Correia considerou que “o
objetivo é dar garantias àqueles que até ao momento investiram sem
apoios do governo, para que possam manter a capacidade de oferta de
camas na região”.A ALA realizou,
entretanto, um novo inquérito aos cerca de 1.900 proprietários de
alojamentos locais, entre 11 e 27 de novembro, tendo obtido 487
respostas. “Existe uma grande parte dos
alojamentos que não obtiveram qualquer apoio” com as quebras de
reservas, que rondaram os 80%, concluiu o inquérito.Segundo
o presidente da ALA, o impacto direto na economia em 2020 “é de 28
milhões de euros, devido à quebra de reservas, dos quais 13 milhões são
diretos para as famílias e quase cinco milhões para o Estado”.Esta
área, sublinhou, representa “cerca de 19% do total de população
empregada no setor de atividade em alojamento, restauração e similares”.“Mesmo
com todos estes fatores adversos, 68% dos alojamentos locais continuam
com os seus calendários disponíveis para reserva, o que transmite grande
confiança à economia local. Continuamos a conseguir dar conta de
possíveis procuras de mercado no alojamento de curta duração, o que
automaticamente dinamiza toda a economia envolvente. Isto foi o que
aconteceu na última crise económica em Portugal e que fez com que o
turismo fosse a grande alavanca do sucesso português”, referiu a
associação.De acordo com a informação
disponibilizada, 68% dos alojamentos locais “têm o seu plano de
contingência ativo, reforçando a ideia de que estão mais do que
preparados para uma eventual ocorrência”, enquanto a classificação dada
ao programa “Clean & Safe” “é mediana, devendo este ser revisto e
melhorado”.A ALA defende a “necessidade de
enquadrar todas as categorias de alojamento local no próximo quadro
comunitário: “Existe neste momento apoios para algumas categorias de
alojamento e só uma de alojamento local”.