Alojamento Local dos Açores congratula-se com isenção de contribuição extraordinária
18 de abr. de 2024, 17:53
— Lusa
"Caso
não tivesse sido aprovada esta isenção, seria motivo mais do que
suficiente para o encerramento de muitos alojamentos locais e uma
redução drástica da receita na economia local, levando à redução de
população empregada neste setor de atividade e a um forte impacto
negativo na economia açoriana", refere a ALA, em nota informativa.Segundo
a ALA nos Açores, presidida por João Pedro Pinheiro, a aplicação da
contribuição extraordinária na região "significaria um custo de 20 euros
por metro quadrado"."Para termos noção do
que isto representaria na prática, um empreendimento de tipologia
'apartamento', com 100 metros quadrados, pagaria cerca de dois mil
euros. No caso de um empreendimento de tipologia 'hospedagens', com 500
metros quadrados, este teria de pagar uma verba próxima dos dez mil
euros”, exemplifica a associação.Ainda de
acordo com a associação, a isenção recentemente aprovada na Assembleia
Legislativa da Região Autónoma dos Açores representa o "culminar de um
longo processo em que a ALA se empenhou"."É
com satisfação que vemos encerrado este ‘dossier’, com um desfecho
positivo para os empresários do alojamento local, bem como para todos os
que trabalham direta e indiretamente para este setor e ainda para a
economia da Região Autónoma dos Açores", lê-se na nota da associação.Na
nota, a ALA manifesta-se igualmente contra a implementação de uma taxa
turística, garantindo que vai lutar contra essa "intenção já tornada
pública por várias autarquias". No dia 10,
a Assembleia Legislativa dos Açores aprovou um projeto de decreto
legislativo regional sobre a isenção da contribuição extraordinária
sobre o alojamento local na região.Os
partidos da coligação que governa a região (PSD/CDS-PP/PPM) e o PS
apresentaram propostas nesse sentido, mas apenas a iniciativa da
coligação foi aprovada.Na apresentação da
proposta da coligação, o deputado Paulo Simões (PSD), salientou que
“impor uma contribuição extraordinária ao alojamento local seria
comprometer gravemente o futuro de um setor cujas receitas cresceram
mais de 20% desde 2019, um feito notável para um setor que deu os
primeiros passos no não muito longínquo ano de 2014”.No
mesmo dia, em Lisboa, foi divulgado o Programa do Governo, que prevê a
revogação de medidas do programa Mais Habitação, implementado pelo
anterior executivo, incluindo a contribuição extraordinária sobre o
alojamento local.Em causa estava o
pagamento de uma contribuição extraordinária de 15% sobre uma base
tributável variável, obtida através da relação entre um coeficiente
económico e um coeficiente de pressão urbanística.