Alimentos e bebidas são única categoria com aumento das exportações até setembro
9 de nov. de 2020, 18:26
— Lusa/AO Online
Segundo as
“Estatísticas do Comércio Internacional” de setembro do Instituto
Nacional de Estatística (INE), nos primeiros nove meses de 2020
“verificaram-se decréscimos em todas as grandes categorias, em ambos os
fluxos [exportações e importações], exceto nas exportações de ‘produtos
alimentares e bebidas’, que aumentaram 92 milhões de euros”. Segundo
o instituto estatístico, este acréscimo verificou-se sobretudo na
subcategoria ‘produtos transformados destinados principalmente ao
consumo dos particulares’, cujas exportações aumentaram 68 milhões de
euros.Em termos de taxas de variação
homóloga, o INE refere que as exportações de ‘produtos alimentares e
bebidas’ têm evoluído “de forma mais favorável” que as exportações
globais, apresentando uma variação positiva na maioria dos meses do ano,
atingindo +5,2% em setembro.Até setembro,
as ‘frutas, cascas de citrinos e de melões’ foram o capítulo com maior
aumento (+68 milhões de euros), seguindo-se as ‘gorduras e óleos,
animais ou vegetais, ceras, etc.’ (+50 milhões de euros), os ‘açúcares e
produtos de confeitaria’ (+29 milhões de euros), as ‘preparações de
carnes, peixes, crustáceos e moluscos’ (+24 milhões de euros) e as
‘carnes e miudezas, comestíveis’ (+23 milhões de euros). No seu conjunto, estes cinco capítulos foram responsáveis por um aumento de 193 milhões de euros.Em sentido contrário, destacou-se o decréscimo de ‘peixes, crustáceos e moluscos’ (-156 milhões de euros).De
acordo com o INE, o país que mais contribuiu para o aumento das
exportações portuguesas de ‘produtos alimentares e bebidas’ foi a
Espanha (+26 milhões de euros), devido sobretudo às ‘frutas, cascas de
citrinos e de melões’ e ‘gorduras e óleos, animais ou vegetais, ceras,
etc’, tendo sido o principal cliente das exportações nacionais de
‘produtos alimentares e bebidas’.Já o
Reino Unido foi responsável pelo segundo maior aumento (+24 milhões de
euros), sobretudo pela evolução registada nas exportações de
‘preparações à base de cereais, amidos, ou de leite, etc.’ e
‘preparações de produtos hortícolas, de frutas, etc.’.Seguiram-se
os Países Baixos (+20 milhões de euros, devido sobretudo ao acréscimo
das exportações de ‘frutas; cascas de citrinos e de melões’), a China
(+16 milhões de euros, sobretudo ‘carnes e miudezas, comestíveis’) e
Israel (+14 milhões de euros, maioritariamente ‘animais vivos’).Globalmente,
os dados divulgados hoje pelo INE apontam uma diminuição das
exportações e das importações em setembro de 0,4% e 9,9%,
respetivamente, em termos homólogos nominais, após quebras de 1,9% e
10,4% em agosto, pela mesma ordem.A
maioria das grandes categorias registaram em setembro decréscimos em
ambos os fluxos, destacando-se, nas exportações, o decréscimo de
'material de transporte' (-3,9%), principalmente devido ao 'outro
material de transporte' (-43,8%), maioritariamente aviões.Já
nas importações o destaque vai para as diminuições de 'combustíveis e
lubrificantes' (-39,4%), com origem principalmente em Angola, e de
'material de transporte' (-19,9%), proveniente sobretudo de França,
principalmente 'outro material de transporte' (maioritariamente aviões).Excluindo
os ‘combustíveis e lubrificantes’, as exportações aumentaram 0,2% e as
importações diminuíram 5,8% (-1,0% e -9,5%, respetivamente, em agosto de
2020).