Aliança diz ser “grave” academia açoriana não ter acesso a fundos da UE
1 de out. de 2020, 07:33
— Lusa/AO Online
“O problema mais grave é a Universidade dos
Açores não se poder candidatar a fundos comunitários. Isto é, em termos
estruturantes, um pesadelo”, declarou o dirigente do Aliança, aos
jornalistas, após um encontro com o reitor da Universidade dos Açores,
João Luís Gaspar.Paulo Silva, ex-militante
do PSD/Açores, que se fez acompanhar pelo cabeça de lista de São
Miguel, Mário Fernandes, e por Luísa Viveiros, candidata pela mesma
lista, estima que a academia açoriana perdeu 40 milhões no atual quadro
comunitário, que cessa este ano, esperando que “o Governo dos Açores, na
preparação do quadro financeiro plurianual 2021-2027, inclua a
Universidade dos Açores”, em conversações com o Governo da República.O
dirigente recordou que “há 12 anos foi retirado o apoio, pela parte do
Governo Regional, à investigação molecular, e hoje está-se com a
pandemia”, o que significa, na sua leitura, que se “perdeu 12 anos de
investigação, numa altura em que a Universidade dos Açores “estava bem
avançada", tendo "agora que começar tudo da estaca zero”.Para
o responsável do Aliança/Açores, é “muito apelativo ser investigador em
Portugal e nos Açores, sendo necessário é criar condições” para
investigar e estruturas.O dirigente
considera que o projeto espacial de Santa Maria “é um investimento muito
interessante”, mas questiona-se sobre “onde está a investigação”,
defendendo o recrutamento de investigadores de topo para os Açores.Paulo Silva considera que se está “reagir em vez de agir, e este tem sido o problema do Governo socialista”.As próximas eleições para o parlamento açoriano decorrem em 25 de outubro.Nas
anteriores legislativas açorianas, em 2016, o PS venceu com 46,4% dos
votos, o que se traduziu em 30 mandatos no parlamento regional, contra
30,89% do segundo partido mais votado, o PSD, com 19 mandatos, e 7,1% do
CDS-PP (quatro mandatos).O BE, com 3,6%, obteve dois mandatos, a coligação PCP/PEV, com 2,6%, um, e o PPM, com 0,93% dos votos expressos, também um.Nas
eleições regionais açorianas existem nove círculos eleitorais, um por
cada ilha, mais um círculo regional de compensação que reúne os votos
que não foram aproveitados para a eleição de parlamentares nos círculos
de ilha.O PS governa a região há 24 anos, tendo sido antecedido pelo PSD, que liderou o executivo regional entre 1976 e 1996.Vasco
Cordeiro, líder do PS/Açores e presidente do Governo Regional desde as
legislativas regionais de 2012, após a saída de Carlos César, que esteve
16 anos no poder, apresenta-se de novo a votos para tentar um terceiro e
último mandato como chefe do executivo.No
mais recente ato eleitoral, para as legislativas nacionais de 2019,
estavam recenseados e aptos a votar nos Açores 228.975 eleitores.