Aliança denuncia falta de controlo nos portos e marinas dos Açores
23 de jul. de 2020, 14:13
— Lusa/AO Online
Em
declarações à agência Lusa, Paulo Silva afirmou que “os funcionários da
Portos dos Açores não estão a fazer controlo de entrada de embarcações
ao fim de semana e a partir das 17 horas”.“Não
podemos permitir esses riscos numa situação pandémica, que ainda
estamos a passar”, atirou, admitindo que “o próprio Governo Regional tem
tido uma atitude muito cooperativa e coerente em todas as decisões que
tem tomado”.Ainda assim, o empresário
apontou para “uma redução de verba para esta situação [de controlo de
embarcações nos portos e marinas dos Açores], o que é de lamentar”,
considerou, defendendo que “não se pode permitir esses riscos numa
situação pandémica, que ainda estamos a passar”.O
líder regional do Aliança falava depois de ter apresentado hoje, na
marina de Velas, em São Jorge, o balanço de uma viagem de iate pelas
ilhas do grupo central (Faial, Pico, São Jorge, Terceira e Graciosa), em
que pretendia “ver os investimentos que o Governo [Regional] tem feito e
identificar alguns erros e lacunas”.Paulo
Silva alertou para a “falta de uma marina na zona de São Roque da ilha
do Pico, que é fundamental e estratégica” e para “a marina das Velas,
que tem uma dimensão muito reduzida”, tendo iates “em lista de espera”,
bem como “a marina da Horta, que há dias em que atinge uma lista de
espera de mais de 100 iates”.O presidente
da estrutura regional do partido afirmou, ainda, que os Açores têm “três
grupos e uma ilha esquecida, que é a ilha branca”, referindo-se à
Graciosa.Questionado pela agência Lusa
sobre a apresentação das listas de candidatos para as eleições
legislativas regionais, o membro do Aliança adiantou que já tem “algumas
ilhas fechadas”, como São Miguel e Terceira e que, noutras ilhas, as
listas estão “bem encaminhadas”.O programa
está na “fase final de estruturação” e o partido pretende apresentar
candidatos “em cada ilha em que as pessoas quiserem dar quatro anos da
sua vida à causa pública”, referiu.O
partido trabalha agora para “perceber as especificidades e os
investimentos prioritários que cada ilha deve ter”, numa estrutura que
quer “acabar com as mordomias” e ter os membros que espera eleger “a
maior parte do tempo na sua ilha, a desenvolver e a conhecer os anseios e
as dificuldades da população, e deslocar-se ao parlamento unicamente
para o plenário”.Ainda sem adiantar muito
do que poderá figurar no roteiro político com que se apresentarão às
eleições regionais, destaca a cultura como “grande bandeira”, apontando
para a necessidade de criar uma “economia cultural”.“Tem sido um lapso não ter a cultura ligada ao turismo, ao longo destes 24 anos”, concluiu o promotor cultural.