Aliados vão dar 40.000 milhões de euros anualmente à Ucrânia
NATO
5 de jul. de 2024, 17:08
— Lusa/AO Online
"Desde
a invasão em grande escala pela Rússia, os aliados forneceram cerca de
40 mil milhões de euros em ajuda militar todos os anos. Os aliados
concordam que esta é uma base mínima, e espero que os aliados decidam na
cimeira manter este nível durante o próximo ano", disse Stoltenberg
numa conferência de imprensa antes da reunião que os líderes aliados
realizarão na próxima semana em Washington.Nessa
reunião, espera-se que os países da NATO autorizem um pacote com
medidas para apoiar a Ucrânia, incluindo um compromisso financeiro para
fornecer ajuda militar a Kiev no valor de 40 mil milhões de euros ainda
este ano.Stoltenberg disse também confiar
que os estados-membros da organização transatlântica concordam em
partilhar o esforço desse compromisso financeiro "de forma justa, tendo
em conta o tamanho do seu PIB" e que fornecerão "um nível sustentado de
financiamento para que a Ucrânia prevaleça".O
secretário-geral da Aliança explicou que o nível de apoio de 40 mil
milhões de euros será revisto na cimeira que os líderes dos países da
NATO realizarão em 2025 em Haia, "acima de tudo, para garantir que o
apoio está em linha com as necessidades da Ucrânia".O
pacote de apoio à Ucrânia - que será aprovado na cimeira de Washington,
na próxima semana - assume ainda para a organização transatlântica a
tarefa de coordenar a ajuda militar internacional que a Ucrânia recebe
para se defender da invasão russa, bem como as iniciativas de treino das
suas forças.A coordenação da ajuda
militar internacional será feita através de um comando liderado por um
general de três estrelas e com cerca de 700 pessoas a trabalhar numa
sede da NATO na Alemanha.Para transferir
apoio militar para a Ucrânia, serão criados polos logísticos na Roménia,
Eslováquia e Polónia, embora Kiev fique responsável pela introdução do
equipamento no seu território.A Cimeira,
de 09 a 11 de julho na capital norte-americana, assinala os 75 anos
da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO)A Cimeira será a última de Stoltenberg, que será sucedido no cargo pelo chefe cessante do Governo neerlandês, Mark Rutte.Jens
Stoltenberg já havia afirmado que a Cimeira da NATO em Washington irá
concentrar-se em três tópicos principais: impulsionar a defesa dos
aliados e a dissuasão aliadas; apoiar os esforços da Ucrânia para se
defender; e continuar a fortalecer as parcerias globais da NATO
"especialmente no Indo-Pacífico".