Albuquerque satisfeito com libertação de Pedro Calado e dos dois empresários

15 de fev. de 2024, 10:15 — Lusa/AO Online

Miguel Albuquerque reagia assim à decisão do juiz de instrução criminal de Lisboa, que determinou a libertação “de imediato” de Pedro Calado (PSD) e dos empresários da construção civil Avelino Farinha e Custódio Correia.“Estou muito satisfeito. Nunca tive dúvidas em relativamente à lisura de Pedro Calado e profissionalismo dos empresários”, disse à saída da Presidência do Governo Regional.Miguel Albuquerque mandou um abraço a Pedro Calado e à família pelos dias difíceis que enfrentaram e escusou-se a falar sobre eventuais repercussões desta decisão na resolução da crise política que a investigação do Ministério Público provocou na Madeira.O ex-autarca do Funchal Pedro Calado e os dois empresários detidos há três semanas no âmbito da investigação a suspeitas de corrupção na Madeira ficaram hoje em liberdade, sob termo de identidade e residência, determinou o juiz de instrução.Segundo o despacho do juiz Jorge Bernardes de Melo, do Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, foi aplicada a medida cautelar menos gravosa ao ex-presidente do município Pedro Calado, bem como aos empresários Avelino Farinha, líder do grupo de construção AFA, e Custódio Correia, principal acionista do grupo ligado à construção civil Socicorreia.Na sexta-feira, o Ministério Público tinha pedido prisão preventiva, a medida mais gravosa, para os três arguidos.A Polícia Judiciária (PJ) realizou, em 24 de janeiro, cerca de 130 buscas domiciliárias e não domiciliárias sobretudo na Madeira, mas também nos Açores e em várias zonas do continente, no âmbito de um processo que investiga suspeitas de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio, prevaricação, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, abuso de poderes e tráfico de influência.A PJ deteve nesse dia o então presidente da Câmara do Funchal, que entretanto renunciou ao cargo, e os dois empresários.A investigação atingiu também o então presidente do Governo Regional da Madeira (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido e acabou por renunciar ao cargo, o que implicou a demissão do executivo.