Albuquerque diz que redução de fundos para as regiões ultraperiféricas é uma “sentença de morte”
Hoje 10:58
— Lusa/AO Online
“Esta
proposta o que propõe, do ponto de vista político-jurídico, é a
violação do próprio tratado de funcionamento da União Europeia”, disse,
argumentando que viola o artigo 349, o estatuto Regiões Ultraperiféricas
(RUP), e, por isso, “é uma sentença de morte”. Miguel Albuquerque falava no Fórum de Alto Nível das Regiões Ultraperiféricas da União Europeia, que decorre em Bruxelas.Num
registo áudio enviado às redações, o chefe do executivo madeirense refere que a nova agenda europeia tem como prioridade a
segurança, a defesa e a competitividade, mas sublinha que a coesão e a
política para as regiões são fundamentais.“Não
podemos dissociar a defesa da Europa, nem a agenda da
reindustrialização ou tomada de competitividade da economia europeia,
sem termos uma política de coesão”, avisou. O
social-democrata, que lidera o Governo da Madeira desde 2015, também
criticou a intenção da Comissão Europeia de centralizar a gestão dos
fundos destinados às RUP nos respetivos estados, afastando a
participação dos eleitos pelas regiões.Miguel
Albuquerque disse que a proposta para o Quadro Financeiro Plurianual
2028-2034 ignora a “mais-valia estratégica” das RUP e encara-as como um
“dano colateral”. O chefe do executivo
madeirense considerou, no entanto, que a União Europeia continua a ser a
“pedra angular” do progresso das regiões, recordando que a primeira vez
que a Madeira e os Açores tiveram “apoios a sério” para o seu
desenvolvimento integral foi através da comunidade.“Queremos continuar a ser um agente participativo nas decisões que nos dizem respeito e relativamente aos fundos”, afirmou.