Albuquerque critica "cinismo político" da oposição madeirense no debate da região
21 de jul. de 2022, 11:33
— Lusa/AO Online
“Hoje
somos uma região com mais investimento público e privado, maior
dinamização empresarial, mais emprego, mais inovação, mais saúde, mais
proteção social, mais rendimento disponível para as famílias e menos
impostos”, disse Miguel Albuquerque na Assembleia Legislativa da
Madeira, no debate sobre o Estado da Região.O
chefe do executivo madeirense, de coligação PSD/CDS, destacou que tem
havido uma “preocupação deste Governo Regional de devolver rendimento às
famílias e às empresas por via da redução fiscal”.“E,
neste aspeto, o cinismo político da oposição nesta casa, ultrapassa os
limites do razoável”, sustentou, argumentando que o Governo socialista
no continente é “campeão da cobrança fiscal”.O
presidente referiu que “toda a gente sabe que o peso dos impostos na
Receita Nacional no continente é 23% do PIB e na Madeira apenas 18% do
PIB”, complementou.Para Miguel
Albuquerque, os representantes do PS na Madeira “apresentam-se
travestidos de ultra liberais, a reivindicar, com distinta lata, aquilo
que desde 2016 já está a ser feito” na região.O
responsável recordou que, em descidas de IRS, desde esse ano, o Governo
da Madeira “já devolveu às famílias e trabalhadores mais de 61 milhões
de euros”, salientando que o Orçamento Regional para 2022 inscreve “as
descidas de taxas nos nove escalões do IRS, que significam uma redução
de 11 milhões de euros”.Acrescentou que,
em sede de IRC, foram devolvidos 14 milhões de euros por ano às empresas
e, com a recente alteração legislativa nos concelhos do norte da ilha e
Porto Santo, a taxa será reduzida (8,75%).“No
futuro, continuaremos a reduzir progressivamente as taxas de IRS. No
IRC e na Derrama assumimos integralmente o diferencial de 30%”,
destacou, contrapondo que o Governo da República “aplica, aos
agradecidos portugueses, a maior carga fiscal de sempre: 35,8% do PIB”.O
governante enfatizou também que estão delineadas medidas para colmatar a
subida exponencial de produtos e matérias-primas na sequência da guerra
na Europa, enunciando, entre outros, os apoios de 15 mil euros por
agricultor e 100 mil euros por empresa agrícola, em função do acréscimo
de custos, e de 330 mil euros para os produtores do setor pecuário.Miguel
Albuquerque realçou que o Governo Regional está igualmente a
“diligenciar a constituição da Reserva Estratégica de Cereais da Região
Autónoma da Madeira (RAM), no valor total de 363.285 euros, tendo em
vista a contenção do preço do pão e derivados”.Outra
das preocupações do executivo insular é “colocar no mercado habitações
acessíveis às famílias e jovens casais”, tendo sido lançados concursos
para aquisição de 533 fogos a privados.O governante disse ainda que pretende construir outras 270 habitações em terrenos propriedade da região.“Todas
estas habitações serão atribuídas às famílias em regime de arrendamento
acessível. Após alguns anos, através de um regime de renda resolúvel,
estas poderão ser adquiridas pelas famílias”, explicou.O
presidente do Governo Regional adiantou que vão ser apoiadas também as
cooperativas de habitação e que o programa Prohabitar vai atribuir
ajudas a fundo perdido (cerca de 20% do valor do imóvel).Sendo
a subida das taxas de juro outro dos problemas, o governante enfatizou
que “haverá um programa que apoiará o pagamento da prestação bancária
dos agregados, sempre que a taxa de esforço exceder o limite razoável”.Albuquerque
disse que, “como sempre, o ‘lero lero’ fatalista desta triste oposição
[madeirense] não se verificou” e, “como sempre, já ninguém lhes liga,
quer quanto ao cardápio de desgraças, quer quanto à manipulação das
estatísticas”.