Autor: Paulo Faustino
“O momento atual deveria de ser de compromisso entre toda a fileira, de coordenação, com uma estratégia comum de modo a minimizar os constrangimentos que se avizinham”, pode ler-se num comunicado de imprensa da AJAM, no qual também assume que a Política Agrícola Comum (PAC) “não tem sido visível” em matéria de medidas de regulação. A AJAM alerta que “urge acautelar todos os intervenientes do setor, a nossa produção, com mecanismos de regulação, sob pena de alguns países excedentários na produção de leite invadirem o nosso mercado com produtos lácteos a preços baixos”.
A anunciada baixa de preço do leite pago à produção é, para a AJAM, “uma situação altamente penalizadora para os produtores de leite”, sublinhando esta associação que “a grande distribuição não deverá penalizar as indústrias e estas os produtores, numa atitude de retirar proveito da situação atual”.
“Os
agricultores açorianos estão hoje ao nível da produção em igualdade de
circunstâncias dos produtores nacionais e europeus, contudo, são os mais
mal pagos e com custos de produção elevados”, frisa, enfatizando a
ideia que, “para garantir a subsistência e a alimentação de todos, não
pode ser descurado o justo pagamento da nossa produção”.
A
Associação dos Jovens Agricultores Micaelenses reconhece que a
agricultura açoriana tem lidado ao longo dos tempos com várias
adversidades, “mas nunca com a dimensão da presente pandemia”.