Ainda há açorianos à espera de autorização para regressar à ilha de residência
Covid-19
24 de abr. de 2020, 09:28
— Lusa/AO Online
“A
partir do momento em que determinámos a quarentena à chegada nas
deslocações inter-ilhas, o número de pedidos de deslocação diminuiu
bastante e aquelas situações que verificámos aqui há uns tempos de
falsas declarações para justificar essas deslocações diminuíram muito
consideravelmente”, afirmou.Tiago Lopes,
que é também diretor regional da Saúde, falava, em Angra do Heroísmo, no
ponto de situação diário sobre a evolução do surto de Covid-19 na
região.Desde o dia 19 de março que as
ligações aéreas e marítimas interilhas nos Açores estão reduzidas a
transporte de carga e ao transporte excecional de passageiros, com
autorização da Autoridade de Saúde Regional.Questionado
sobre o número de pessoas que ainda não conseguiu regressar à sua ilha
de residência, Tiago Lopes disse não ter presente esse dado, mas admitiu
que ainda existem vários açorianos a aguardar autorização.“Ainda
temos casos de pessoas que estão já há um tempo considerável a aguardar
essa autorização e estamos, dentro daquilo que já transmiti várias
vezes, no âmbito do estado de emergência que estamos a viver neste
momento, a proceder ao regresso de muitas destas pessoas à sua ilha de
residência”, afirmou.“É uma situação que
vai ser regularizada ao longo do tempo, com todos os constrangimentos
individuais e coletivos que têm, mas que são próprios de um estado de
emergência”, acrescentou.O responsável da
Autoridade de Saúde Regional já tinha dito que seria dada prioridade aos
casos de doentes deslocados, mas mesmo assim poderão existir ainda
alguns doentes fora da sua ilha de residência.“Poderá
existir algum caso de algum utente deslocado, pese embora tenhamos tido
essa especial atenção ao longo das últimas semanas de proceder ao seu
regresso à sua ilha de residência. Pode haver algum contexto particular
ou algum caso histórico particular de algum destes casos que necessite
de especial atenção e de maiores cautelas”, admitiu.Tiago
Lopes revelou, por outro lado, que foi emitida uma nova circular
relativamente à obrigatoriedade de cumprimento de quarentena após uma
viagem interilhas, para clarificar as exceções permitidas.“Existem
situações que estão excecionadas, nas quais estão previstos os
profissionais em âmbito de prestação de serviço. Não haverá qualquer
tipo de constrangimento para que serviços essenciais à população sejam
restringidos por via da determinação dessas quarentenas”, assegurou.