Aguiar Branco pede diálogo e debate até ao máximo para se evitar greve geral
Hoje 16:34
— Lusa/AO Online
“Até
porque a minha função assim obriga na Assembleia da República, eu sou
pelo diálogo, pelo debate. O diálogo e o debate devem ser esgotados ao
máximo antes de haver uma situação de greve. Acredito e espero que esse
espaço de diálogo possa ainda acontecer e que tenha o seu resultado mais
eficiente no que diz respeito a poder a greve não acontecer”, apelou
José Pedro Aguiar Branco.Em declarações
aos jornalistas, à margem de uma visita ao Polo de Inovação em
Engenharia de Polímeros (PIEP), da Universidade do Minho, no Campus de
Azurém, em Guimarães, distrito de Braga, o presidente da AR considerou
ser “uma matéria consensual” a necessidade de haver alterações na área
laboral.Aguiar Branco sublinhou que hoje
há novas formas de trabalho e novas tecnologias, acrescentando que se
deve olhar com normalidade para este assunto e que deve ser discutido.“Entre
aquilo que é o debate e o diálogo que deve haver, entre aquilo que é a
normalidade em função do consenso que há em relação a haver alterações
nesta matéria, e aquilo que também será normal, havendo uma maioria
parlamentar que também foi eleita para fazer mudanças e não para deixar
tudo na mesma, acho que é este quadro, em democracia, devemos encará-lo
com normalidade. E é isso que espero que aconteça”, declarou Aguiar
Branco.A greve geral foi anunciada a 08
de novembro pelo secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, no final da
marcha nacional contra o pacote laboral, que levou milhares de
trabalhadores a descer a Avenida da Liberdade, em Lisboa, em protesto
contra as alterações propostas pelo Governo de Luís Montenegro.A UGT aprovou por unanimidade a decisão de avançar em
convergência com a CGTP, incluindo, assim, o voto favorável dos
Trabalhadores Social-Democratas (TSD).Esta
será a primeira paralisação a juntar as duas centrais sindicais desde
junho de 2013, altura em que Portugal estava sob intervenção da
'troika'.