Agricultores dos Açores registam destruição de culturas devido à tempestade
26 de set. de 2025, 16:36
— Susete Rodrigues
A Federação Agrícola de São Miguel, presidida por Jorge Rita, refere que a cultura do milho forrageiro foi “particularmente afetada, sobretudo nas zonas onde as silagens ainda não tinham sido feitas, tendo os ventos fortes provocado a queda de diversas áreas de cultivo”, uma situação que “acarreta prejuízos para muitos agricultores”.Pese embora, “os efeitos da tempestade não terem sido tão graves como se chegou a temer, dada a alteração de categoria e da sua trajetória”, esta tempestade vem reforçar a preocupação da Federação Agrícola dos Açores no que diz respeito “à vulnerabilidade do setor agrícola perante eventos meteorológicos extremos. A falta de seguros agrícolas continua a ser um problema e deixa os
agricultores sem uma rede de proteção, obrigando-os a depender de apoios
do Governo Regional”, refere o comunicado.A Federação Agrícola dos Açores defende, por isso, que é “urgente criar um sistema de seguros agrícolas que dê mais segurança aos agricultores e que ajude a compensar perdas como as que agora aconteceram”, sem que isso signifique um “peso extra para as contas da Região”.O comunicado da FAA relembra que “ainda não foram pagos os apoios referentes a intempéries anteriores, bem como os apoios, a que os produtores se candidataram, à aquisição de sementes de milho e sorgo para o ano de 2024”. Desta forma, a federação solicita uma “reunião com carácter de urgência ao secretário regional da Agricultura e Alimentação, António Ventura”.