Agências de Viagens vão averiguar solução encontrada pela SATA na venda de bilhetes
1 de ago. de 2024, 16:59
— Lusa/AO Online
Em
comunicado, a APAVT critica a decisão do Grupo SATA de encerrar os
balcões de atendimento ao público, a partir de hoje, em várias ilhas
açorianas, lamentando "a falta de consideração pelos clientes, que não
foram informados de nada" e "a inexplicável ausência de informação" e de
"diálogo com os mais importantes parceiros" da companhia aérea e dos
açorianos que viajam, as agências de viagem.Para a APAVT, a
solução encontrada "mais parece uma fuga, não uma mudança", alegando
que, "além da infelicidade da rapidez da ação, subsistem mais dúvidas"."Por
que razão a emissão de bilhetes é, pelo que se percebe, entregue a um
organismo público", questiona a associação, lembrando que "legalmente, a
RIAC tem como atribuições a racionalização, modernização e qualidade do
atendimento da administração pública regional".A
APAVT alerta que as atribuições legais da RIAC não integram "a
atividade de venda de bilhetes e reservas de lugares em meios de
transporte", sublinhando que essa tarefa é, por lei, "exclusiva das
pessoas singulares ou coletivas inscritas no Registo Nacional das
Agências de Viagens e Turismo (RNAVT)"."Ora,
tanto quanto se saiba, a RIAC não tem, ao dia de hoje, RNAVT, pelo que,
a confirmar-se que irá desenvolver a mencionada atividade, esta
entidade pública estará a incorrer em violação da lei: não só do diploma
legal que lhe confere as suas atribuições, mas também da Lei das
Agências de Viagens", alerta.A APAVT
questiona ainda se os açorianos vão encontrar nas lojas RIAC
"colaboradores formados para os apoiarem na resolução dos seus
problemas"."Face à total ausência de
diálogo e/ou informação sobre um assunto tão importante para o setor, a
APAVT vai averiguar da legalidade da solução encontrada (a RIAC não
está, ao dia de hoje, habilitada, legalmente, a emitir bilhetes de
avião), reservando-se o direito de desenvolver todas as ações que se
revelarem adequadas à legitima proteção e defesa dos direitos dos nossos
associados e dos nossos clientes", lê-se no comunicado.Na
nota, a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo lamenta
este "momento tão infeliz" em décadas de relacionamento com a SATA,
lembrando que existe no arquipélago uma rede de lojas especializada na
emissão de bilhetes, com "anos de ligação e proximidade aos clientes
açorianos, que não vai nunca fechar de um dia para o outro, sem aviso
prévio".