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Brasil/Avião
Agência sem elementos para exigir substituição de sensores dos Airbus
A Agência Europeia de Segurança Aérea disse, esta sexta-feira, não dispor de elementos suficientes que justifiquem a substituição generalizada dos sensores de velocidade dos Airbus A330, apontados como possível causa da queda do voo Rio-Paris no Atlântico.

Autor: Lusa/AO Online

"Enquanto aguardamos mais resultados do inquérito sobre o acidente, prosseguimos a nossa avaliação técnica que, até agora, não justifica uma medida específica obrigatória", como a substituição generalizada dos sensores "Pitot", afirmou o porta-voz da AESA, entidade competente para a certificação dos aviões na Europa.

A agência não afasta todavia a possibilidade de vir a tomar essa medida, mas sublinha que não está neste momento em condições de dizer se ela vai ou não ser tomada: "Hoje não estou em condições de dizer se vamos tomar uma decisão dessas", disse o porta-voz, Daniel Hoeltgen.

Até ao momento não foi estabelecida uma relação entre um mau funcionamento dos sensores de velocidade e o acidente do voo 447 da Air France que se despenhou no Oceano Atlântico a 1 de Junho.

O Gabinete de Inquéritos e Análises (BEA), organismos francês encarregado de investigar o acidente, criticou quarta-feira "aqueles que constroem explicações e cenários" em torno do acidente, que fez 228 mortos.

Questionado sobre hipóteses avançadas pela imprensa, incluindo a que relacionam o acidente com os sensores "Pitot", o director da BEA, Paulo-Louis Arslanian, respondeu: "Para já, nós não podemos dizer, e ninguém pode dizer, o que se passou".

Segunda-feira, a AESA já tinha informado que, para exigir a substituição dos sensores é necessário "que o novo material seja útil" e "que os novos sensores sejam mais eficazes".

Sem esperar pelas conclusões da AESA, a Air France substituiu a totalidade dos sensores de velocidade "Pitot" dos seus aviões de longo curso A330 e A340.