Agência Fitch avalia Região Autónoma dos Açores no nível de investimento "BBB-"
4 de jul. de 2019, 17:39
— Lusa/AO online
A
notação financeira atribuída pela agência de 'rating' Fitch põe a
Região Autónoma dos Açores no nível “BBB-“, numa avaliação que reflete
“uma combinação de elevada dívida da região em relação à receita
operacional, resultando numa avaliação de sustentabilidade da dívida
‘BBB’”.A mesma agência avalia o perfil da República como “BBB”, um patamar acima do arquipélago.Em
nota de imprensa, o vice-presidente do Governo dos Açores, Sérgio
Ávila, considerou que “esta classificação dos Açores, que se encontra a
um nível do ‘rating’ [avaliação] da República, é muito positiva, porque
permite o acesso da região, de forma generalizada, aos mercados
internacionais, o que, consequentemente, implicará uma redução relevante
dos custos de financiamento".O titular da
pasta das Finanças adiantou que “a avaliação desenvolvida pela Fitch
abrange todas as empresas públicas, incluindo as que estão de fora do
perímetro de consolidação orçamental, bem como as responsabilidades
futuras há muito identificadas, como é o caso das Parcerias
Público-Privadas”.“A passagem da
classificação do ‘rating’ da Região para nível de investimento externo,
que espero que seja acompanhado e reforçado brevemente por outras
agências de 'rating', permitirá alterações substanciais no perfil de
financiamento da Região”, frisou Sérgio Ávila, acrescentando que, com
esta classificação, a região, “passa a ser atrativa para os investidores
financeiros internacionais, e permite o acesso generalizado com menos
custos aos mercados financeiros internacionais, libertando recursos dos
bancos nacionais para a economia regional”.
Para o governante, a avaliação que põe a região no nível de
investimento “é mais um reconhecimento da sustentabilidade das finanças
públicas regionais, apontando que o ‘rating’ da agência Moody’s para a
região tem também vindo a subir, como aconteceu em outubro.Com
este perfil, a região pode agora procurar financiamento de 223,5
milhões de euros no mercado obrigacionista internacional, com títulos a
dez anos, confirmou o responsável pela tutela à Lusa.Sérgio Ávila adiantou que, com esta operação, espera “antecipar a amortização de parte da dívida”.