Agência Espacial Portuguesa lança concurso para alargar rede de incubadoras
7 de abr. de 2020, 09:21
— Lusa/AO Online
Atualmente,
a rede conta globalmente com 21 centros, espalhados por mais de 60
cidades, sendo que em Portugal está em Coimbra (Instituto Pedro Nunes),
Cascais (DNA Cascais) e Porto (Parque Ciência e Tecnologia da
Universidade do Porto).“O que queremos
fazer é alargar a iniciativa a todo o país, ter 10 localizações, chegar à
Madeira e Açores e ao interior”, avançou a mesma responsável.Chiara
Manfletti explicou que, com recurso a tecnologias e dados da exploração
espacial, as ‘start-ups’ podem desenvolver “serviços para energia,
infraestruturas críticas, florestas, agricultura” e outros setores.Segundo
a presidente da Agência, a entidade está também a contribuir para
combater o impacto da pandemia de covid-19, ajudando em áreas como a
meteorologia e as tecnologias.Um dos objetivos da atuação da Agência Espacial Portuguesa é ajudar a criar perto de mil empregos até 2030. “As
empresas irão perceber que terão uma vantagem competitiva” por
trabalhar em ligação com a área espacial e destacou, em Portugal, o
papel que isso pode ter na área das telecomunicações, nomeadamente no 5G
(quinta geração móvel).Segundo informação
enviada pela Agência, o concurso dirige-se “a incubadoras que, além de
estarem registadas em Portugal, tenham instalações que permitam receber
as ‘start-ups’ que beneficiem do programa da ESA [Agência Espacial
Europeia]”.Além disso, “as incubadoras
devem também dispor de uma equipa que dê o suporte necessário ao
desenvolvimento de projetos que posteriormente venham a ser escolhidos
para integrar a rede de incubadoras da Agência Espacial Europeia”, de
acordo com a Agência.Segundo o organismo,
as candidaturas serão apreciadas com base em “critérios como a
experiência, composição da equipa, os acionistas, a ligação a atividades
espaciais, entre outros”, sendo também consideradas nesta avaliação
“eventuais colaborações com o Sistema Nacional de Inovação”.Em
análise está ainda “o número de ‘start-ups’ apoiadas desde a criação da
incubadora, o volume de negócios e os postos de trabalho criados no
último ano pelas empresas apoiadas, capital angariado pelos residentes
desde o início da atividade e em 2019”, entre outros critérios.As
candidaturas devem ser enviadas até às 23h59 do dia 9 de maio e se
aceites “assinarão com o IPN [Instituto Pedro Nunes] um contrato de um
ano, renovável por outros três, para trabalhar num consórcio liderado
pela organização de Coimbra”, acrescenta.