Aeroportos nacionais com movimento “inexpressivo” de 318,2 mil passageiros em junho
17 de ago. de 2020, 11:28
— Lusa/AO Online
De acordo com o relatório Atividade dos
Transportes Junho 2020 – Estatísticas rápidas do transporte aéreo,
publicado pelo INE, “no mês de junho de 2020 aterraram nos aeroportos
nacionais 3,0 mil aeronaves em voos comerciais o que representa uma
variação homóloga de -86,0% (-92,3% em maio e -94,3% em abril)”,
registando-se o movimento de 318,2 mil passageiros (embarques,
desembarques e trânsitos diretos), o que representa uma variação
homóloga negativa de 94,6% (-98,5% em maio e -99,4% em abril). O
movimento de carga e correio nos aeroportos nacionais também registou
um decréscimo de 54,1% (-55,5% em maio e -62,6% em abril), totalizando
7,5 mil toneladas. “É visível o impacto da
pandemia de covid-19 e das medidas adotadas ao nível do espaço aéreo a
partir do início da segunda quinzena do mês de março, e a lenta
recuperação, registando-se, durante o mês de junho, reduções superiores a
80% no número de aeronaves aterradas e iguais ou superiores a 90% no
número de passageiros desembarcados”, refere o INE.Numa
análise aos primeiros seis meses do ano, o INE concluiu que aterraram
nos aeroportos nacionais 46,1 mil aeronaves em voos comerciais (-57,7%
face ao período homólogo) e foram movimentados 9,9 milhões de
passageiros (-64,5%). O aeroporto de Lisboa movimentou 57,1% do total de passageiros (5,7 milhões) e registou um decréscimo de 61,3%. Considerando
os três aeroportos com maior tráfego de passageiros, o do Faro foi o
que evidenciou maior decréscimo do número de passageiros movimentados
entre janeiro e junho de 2020 (-79,9%).Quanto
aos países de origem e destino dos voos, no primeiro semestre de 2020,
França ocupou o primeiro lugar, seguida do Reino Unido.No
entanto, o segundo principal país de origem e de destino evidenciou a
maior redução do número de passageiros desembarcados e embarcados
(-72,2% e -69,8%, respetivamente).Considerando
ainda o primeiro semestre do ano, registou-se uma diminuição de 28,0%
do movimento de carga e correio nos aeroportos nacionais, que atingiu
71,1 mil toneladas. O movimento de
mercadorias no aeroporto de Lisboa representou 66,6% do total, atingindo
47,4 mil toneladas, uma diminuição de 34,2% face ao período homólogo.As
medidas para combater a pandemia paralisaram setores inteiros da
economia mundial e levaram o Fundo monetário Internacional (FMI) a fazer
previsões sem precedentes nos seus quase 75 anos: a economia mundial
poderá cair 4,9% em 2020, arrastada por uma contração de 8% nos Estados
Unidos, de 10,2% na zona euro e de 5,8% no Japão.Os
efeitos da pandemia já se refletiram na economia portuguesa no segundo
trimestre, com o produto Interno Bruto (PIB) a cair 16,5% face ao mesmo
período de 2019, segundo dados do INE.