Adopção de uma política marítima comum é hoje debatida em Lisboa

Presidência Portuguesa da UE

22 de out. de 2007, 08:28 — Lusa/AO

A Conferência Ministerial sobre Política Marítima para a União Europeia, contará com a presença do primeiro-ministro português, José Sócrates, e do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, assim como do comissário europeu para os Assuntos do Mar, Joe Borg.     A proposta de política marítima comum foi apresentada a 10 de Outubro, pela Comissão Europeia, em Bruxelas, e prevê medidas concretas, como o lançamento de uma rede integrada de vigilância marítima e a eliminação das práticas destrutivas de pesca de arrasto pelo fundo no mar alto.     Apresentada com o objectivo de permitir uma abordagem global de todas as temáticas que se prendem com os oceanos e mares da Europa, a política marítima será hoje debatida pelos ministros da tutela dos 27, que se reúnem em Lisboa.     "Estou convencido de que o nosso futuro reside, em grande medida, no potencial ainda não utilizado dos oceanos", justificou, na altura, o presidente da Comissão Europeia.     A gestão dos 1.200 portos da UE e demais actividades ligadas ao mar - que representam cinco milhões de postos de trabalho na UE - a par do controlo da pesca ilegal e da preservação ambiental, são questões que Bruxelas quer ver abordadas de modo integrado.     Estas medidas seguem-se à consulta pública, lançada por Bruxelas, sobre o Livro Verde para uma política marítima da União Europeia (UE), adoptado em Junho, que define uma visão europeia dos oceanos e dos mares.     Em declarações à agência Lusa, o comissário europeu para os Assuntos do Mar, Joe Borg, afirmou que a "dimensão marítima" das grandes questões que a Europa enfrenta, da energia à criação de emprego, tornam urgente a adopção de uma política integrada para o sector.     Borg, que também estará em Lisboa, destacou que, "seja qual for o sector para que se olhe, encontramos ligações com o domínio marítimo", acrescentando “uma nova política integrada é crucial para o uso sustentável dos nossos oceanos e mares e é o caminho correcto para avançarmos na sua gestão”.