Administração da SATA e sindicato de pessoal de voo retomam negociações na terça-feira
17 de jun. de 2019, 15:22
— Lusa/AO Online
De
acordo com o presidente do conselho de administração da operadora
açoriana, António Teixeira, a greve que estava prevista “foi suspensa”,
entrando agora empresa e sindicato “num plano de negociações” que irão
começar terça-feira visando chegar a um consenso entre as partes.António
Teixeira, que falava em Ponta Delgada, à margem
de uma reunião com a secretária regional dos Transportes e Obras
Públicas do Governo dos Açores, Ana Cunha, referiu que se tem vindo a
“apelar a todos os sindicatos ao bom senso para se chegar a um bom termo
no plano de negociações na fase em que a SATA se encontra",
nomeadamente a nível financeiro, depois de terminar 2018 com prejuizos
de mais de 53 milhões de euros.O
responsável afirmou que o bloqueio na marcação de lugares nos aviões da
operadora vai ser ultrapassado - entre 22 de junho e 01 de julho não era
possível marcar viagens na Azores Airlines, deixando de fazer sentido o plano de contingência que estava
projetado para os dias da referida greve, que esteve prevista, mas cujo
pré-aviso de greve não chegou a ser apresentado oficialmente.O
administrador considerou que a situação atual do grupo SATA “não se
compadece com situações dessa natureza”, sendo “extremamente difícil
levar em frente o projeto se houver internamente convulsões”, adiantando
que tem contado com os parceiros sociais neste processo. A
titular da pasta dos Transportes, sobre os recentes cancelamentos de
voos da SATA para as ilhas do Pico e Faial, que motivaram a reunião,
assumiu que “existem constrangimentos na comunicação com os passageiros
em todas as situações irregulares, não só nos casos que afetaram aquelas
duas ilhas, mas em geral, em outros casos que se têm verificado”.A
administradora do grupo SATA responsável pelas operações, Ana Azevedo,
considerou que os cancelamentos para o Faial e Pico se ficaram a dever a
“razões técnicas” motivadas por um pássaro que entrou no motor de um
avião, que teve de ser reparado, tendo ainda havido dois cancelamentos
por “falta de tripulação”.Ana Azevedo considerou que o volume de pilotos “ainda não está com os níveis desejados para a frota existente”.A
administradora afirmou ainda que a falta de aviões e tripulações serão
colmatadas com recurso aos ACMI (aluguer de aeronaves e profissionais)
para os aeroportos onde se pode operar, sendo que no caso do Faial e
Pico “tem que ser com a frota da SATA”.O
grupo SATA possui cerca de 60 pilotos, alguns dos quais em formação e
treino, sendo a meta para a frota existente chegar aos 90, havendo neste
momento uma “grande sobrecarga de trabalho” para os profissionais que
estão no terreno, que estão a trabalhar nas folgas e férias.