Administração da Cofaco prevê nova fábrica no Pico até janeiro de 2020
7 de fev. de 2018, 17:31
— Lusa/AO online
"Estamos
no início de um percurso que culminará com uma fábrica nova (...) o que
se prevê que ocorra num prazo de sensivelmente 18 meses", vincou Telmo
Magalhães, da conserveira Cofaco, falando aos jornalistas depois de
ouvido na comissão de Economia da Assembleia Legislativa dos Açores, na
ilha do Pico."Com
algum conforto", prosseguiu o responsável, até "janeiro de 2020" há
condições para a fábrica - cujo projeto aguarda agora parecer do Governo
Regional dos Açores - estar ativa, num projeto orçamentado em cerca de
sete milhões de euros.Questionado
sobre os planos para os trabalhadores da empresa agora despedidos, o
responsável diz que a empresa dona do atum Bom Petisco não tem "outras
soluções para os postos de trabalho" a criar que não passem pelos
trabalhadores agora dispensados.A
nova fábrica deverá arrancar com 100 trabalhadores, sendo previsível
que passe para os 150 num período breve de tempo e "podendo ir até aos
250" efetivos, garantiu Telmo Magalhães.O
responsável da Cofaco foi ouvido à porta fechada, sem comunicação
social, depois do anúncio em janeiro do despedimento coletivo de mais de
160 trabalhadores, na sua maioria mulheres.Desde o anúncio do despedimento ainda não tinha havido uma tomada pública de posição dos responsáveis da conserveira.O pedido de audição da administração havia sido feito em meados de janeiro pela bancada do PS.Recentemente
ficou a saber-se que os representantes da empresa recusaram duas
propostas dos trabalhadores para a realização de uma ação de ‘lay-off’ e
sua integração na eventual construção de nova fábrica na ilha do Pico.A
conserveira anunciou no início de janeiro o despedimento da totalidade
dos trabalhadores na fábrica do Pico, prometendo a readmissão no futuro
da maioria dos quadros.Foi
através do Sindicato de Alimentação, Bebidas e Similares, Comércio,
Escritórios e Serviços dos Açores que se soube, em 09 de janeiro, que a
administração da conserveira se havia reunido com os trabalhadores da
empresa no Pico para os informar de que todos seriam despedidos – com
direito a indemnização e fundo de desemprego –, deixando a Cofaco de
laborar naquela ilha até à construção de uma nova fábrica.Logo
aí ficou junto dos trabalhadores uma “promessa verbal” de que quando a
nova fábrica estiver concluída, o que poderá acontecer “entre 18 meses e
dois anos”, a maioria dos quadros seria readmitida.