Adesão à greve dos profissionais de saúde cresceu e ronda os 85%
24 de nov. de 2017, 12:18
— Lusa/AO online
De
acordo com o secretário-geral da Federação Sindical da Administração
Pública (FESAP), José Abraão, a adesão nos turnos da manhã está a ser
“superior” à das primeiras horas, com muitos assistentes técnicos e
operacionais a aderir ao protesto.A
greve foi convocada pelas estruturas da UGT (FESAP) e da CGTP-IN
(Frente Comum)e os dados relativos às primeiras horas do protesto,
iniciado às 0:00 de hoje, apontavam para uma adesão acima dos 80 por
cento.Entre as
motivações deste protesto está a falta de acordo coletivo de trabalho
para 40 mil profissionais de saúde com contratos individuais de
trabalho, mas que não beneficiam do descongelamento das carreiras, nem
têm horário semanal de 35 hora, sobretudo dos hospitais EPE (Entidades
Públicas Empresariais). Segundo
José Abrão, o impacto da greve é maior nas consultas programadas, nos
exames e também nas cirurgias. O dirigente sindicalista adiantou que o
protesto está a ser igualmente muito significativo nos centros de saúde e
unidades de saúde familiar.Alguns
médicos e enfermeiros estão igualmente a aderir a este protesto, o que
se deve ao “grande descontentamento que se vive no setor”, disse José
Abraão.“Há uma
revolta muito grande, principalmente dos assistentes operacionais que
se sentem abandonados”, disse, sublinhando: “Os profissionais de saúde
não são só os médicos e enfermeiros”.