AD/Açores recusa fragilização de projeto de governo regional
Legislativas
30 de jan. de 2022, 23:54
— Lusa/AO Online
“Fragilização
[o resultado eleitoral] não representa. O povo sabe distinguir qual o
ato eleitoral em causa. O importante é que os eleitos defendem os Açores
na AR [Assembleia da República)”, defendeu José Manuel Bolieiro, também
presidente do Governo Regional dos Açores.O
responsável falava em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, ao lado do
líder regional do CDS-PP/Açores, Artur Lima, e do responsável pelo PPM,
Paulo Estêvão, num comentário aos resultados das eleições legislativas
nacionais, que levaram à eleição de dois deputados da AD e a três do PS
pelo círculo eleitoral açoriano.“Não
entraremos em fragilidades. Estamos, antes, convictos da
responsabilidade que temos em defender a região”, frisou José Manuel
Bolieiro, em declarações transmitidas em direto pela RTP/Açores.Para
o líder do PSD/Açores, agora que está escolhido um novo Governo da
República, o importante é “poder contar com os deputados eleitos para
defender os interesses dos Açores” e para que “lutem por um país que não
exclua nenhuma parte do país”.Bolieiro deixou o apelo aos eleitos pela coligação PSD/CDS-PP/PPM, mas também “a todos os outros”.“Deixo o mesmo apelo. Conto com a independente defesa dos Açores fora dos interesses partidários”, observou.Artur
Lima, líder regional do CDS-PP, recusou também qualquer fragilização do
projeto regional de Governo saído das eleições legislativas regionais
de 2020, quando o PS foi o partido mais votado, mas PSD, CDS-PP e PPM
assinaram um acordo pós-eleitoral, bem como acordos parlamentares com
deputados do Chega e da Iniciativa Liberal.“A
coligação de governo está coesa. Continuaremos a governar em prol dos
açorianos. Não embandeiramos em arco nas autárquicas. Não vamos ficar
deprimidos com as legislativas nacionais”, vincou.Paulo
Estêvão, do PPM, considerou que “a lição da noite eleitoral” foi que
“romper a ‘geringonça’ [nacional] foi altamente penalizadora para o BE e
a CDU”.“Foram atribuídas responsabilidades pela instabilidade criada”, alertou.