Açores vão receber evento mundial da SIGA sobre corrupção no desporto
19 de jan. de 2022, 11:11
— Lusa/AO Online
Na
cerimónia, que decorreu no Palácio da Conceição, em Ponta Delgada, o
presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro, referiu que a
assinatura do memorando “abre portas para o futuro e para um
relacionamento institucional profícuo” entre as duas entidades.“É
nossa intenção organizar conjuntamente, ainda no primeiro semestre
deste ano, um evento mundial que, realizado aqui [nos Açores], há com
certeza de fazer a reflexão e dar contributos para a prevenção e combate
à corrupção ao desporto e a toda a indústria associada”, revelou o
líder regional.José Manuel Bolieiro
enalteceu a importância da parceria com a SIGA para que nas “subvenções
públicas” destinadas os clubes ou associações desportivas sejam
definidos “objetivos que assegurem a integridade, confiança e
credibilidade da prática desportiva”.“O
memorando de entendimento não tem custo, a não ser a oportunidade desta
cooperação. Faremos a nosso compromisso através destas oportunidades com
os valores standard das boas práticas”, afirmou.O
diretor executivo (CEO) da SIGA, Emanuel Macedo de Medeiros, realçou
que o acordo entre a organização e o Governo dos Açores “não foi uma
mera proclamação de vontades”, sendo antes “a assunção de um
compromisso, com metas, objetivos e procedimentos”.Macedo
de Medeiros, que é natural dos Açores, realçou o papel da SIGA para a
adoção de “boas práticas” nas áreas da “boa governança”, da “cooperação
internacional”, da “anticorrupção”, da “transparência financeira” e da
“regulação das apostas desportivas”.“Há
muitas organizações nos Açores, como em Portugal continental e na
Europa, que têm vontade de aperfeiçoar a forma como se regem e atuam,
mas não têm o know-how [conhecimento]. O nosso propósito é colocar ao
seu dispor todo este acervo de informação e boas práticas”, afirmou.O
CEO da SIGA disse que vai colocar em prática uma “estratégia visando a
formação dos agentes desportivos” e “fomentar as melhores práticas na
matéria de formação de jovens atletas”.“Vamos
afrontar os problemas. Esta é uma diferença marcante. A SIGA, como o
próprio nome indica, visa ação, visa reforma, visa ruturas, se tiverem
de ser”, declarou.E concluiu: “O momento
em que atravessamos, em que o bom nome do desporto está a ser arrastado
pela lama por um conjunto de escândalos, que estão escancarados à vista
de todos nas páginas de jornais e em notícias de telejornais, convoca e
exige uma atuação liderante por parte da SIGA”.