Açores vão incluir a saúde mental no apoio domiciliário até ao final de 2020
22 de nov. de 2019, 17:31
— Lusa/AO Online
A medida insere-se no programa
"Espaço para a Saúde Mental" e "o objetivo é que os cuidados
domiciliários tenham esta componente de saúde mental", em toda a região,
"até final do próximo ano", explicou Vasco Cordeiro, que falava durante
a inauguração da obra de remodelação da Unidade de Saúde dos Arrifes.“Seguindo
as recomendações da Organização Mundial de Saúde, vamos implementar, no
primeiro trimestre do próximo ano, aqui na Unidade de Saúde de Ilha de
São Miguel, à semelhança do que já fizemos noutras, uma equipa
comunitária de saúde mental. Esta equipa trabalhará em estreita
colaboração com os serviços de psiquiatria do hospital, com os
institutos hospitalares da região e com a medicina familiar”, completou o
governante.O programa "Espaço para a
Saúde Mental", anunciado em abril deste ano, pretende "mudar o paradigma
e a forma como é encarada a doença mental, descentralizando os cuidados
de saúde mental e tornando os serviços mais próximos do utente, do
cuidador e da comunidade”, sublinhou, na altura, o diretor regional da
Saúde, Tiago Lopes, através da descentralização dos cuidados.A
obra de remodelação da Unidade de Saúde dos Arrifes hoje inaugurada, no
segundo de três dias de visita do Governo Regional à ilha de São
Miguel, representa um investimento de 70 mil euros e serve, de acordo
com os Censos de 2011, aproximadamente 7.000 pessoas.Esta
infraestrutura “passa a contar com 18 profissionais de saúde, nove
médicos – cinco de medicina geral e quatro internos – e nove
enfermeiros” e tem a capacidade de garantir “cerca de 20 mil consultas
anuais de saúde infantil e do adolescente, saúde da mulher, materna e
planeamento familiar, saúde do adulto e do idoso, cuidado e tratamento
de feridas, cuidados domiciliários, bem como consultas médicas”, avançou
o líder do executivo regional.Com o
investimento, a nível regional, de nove milhões de euros em várias
unidades de saúde, o Governo dos Açores pretende “garantir melhores
condições de acesso aos cuidados de saúde e, naturalmente, melhores
condições de trabalho àqueles que quotidianamente concretizam este
direito de acesso à saúde”, apontou o líder socialista.