Autor: Lusa/AO Online
“Até agora, o que temos verificado por parte do Turismo de Portugal é que tem concentrado todos os seus esforços em Lisboa, no Algarve e na Madeira”, declarou Vítor Fraga, aos jornalistas, em Ponta Delgada, à margem de um seminário de apresentação do plano de ação nacional para o setor até 2020.
O governante açoriano disse que o critério utilizado para a atribuição das verbas para a promoção turística a cada uma das regiões se limita ao número de camas existentes, havendo apenas 10 mil nos Açores, número que considera incomparável com outras regiões do país.
“Aquilo que nós achamos é que os critérios de atribuição e de alocação de verbas para as várias regiões, nomeadamente para os Açores, devem incluir outros fatores não só quantitativos mas também qualitativos”, defendeu.
O titular da pasta do Turismo no Governo Regional dos Açores considerou que este “não é o caminho correto”, uma vez que o enriquecimento da oferta, em termos globais, passa por potenciar as diferenças de cada uma das regiões do país.
Vítor Fraga recordou que os Açores são a única região do mundo que possui o galardão 'Quality Coast Platina', sendo ainda considerados a mais sustentável por entidades internacionais, o que considerou ser uma mais-valia também para o país.
Segundo Vítor Fraga, as verbas destinadas aos Açores pelo Turismo de Portugal representam 2,5% do total de verbas de promoção da região.
O secretário regional revelou, por outro lado, que o Plano Estratégico de Turismo dos Açores 2020 estará concluído até finais de maio, tendo sido já auscultados os principais agentes do setor. Seguem-se agora reuniões em todas as ilhas, abertas à participação de todos os interessados, sendo a expetativa que os açorianos se revejam assim num desenvolvimento estratégico do setor que seja sustentável, capaz de gerar riqueza e postos de trabalho.
José Abrantes, vogal do conselho diretivo do instituto Turismo de Portugal, declarou, por seu turno, a propósito do Plano de Ação do Turismo 2020, que os seus objetivos passam por operacionalizar as prioridades no aproveitamento dos fundos comunitários e melhorar a sua gestão ao abrigo do novo envelope financeiro europeu 2014-2020.