Açores regressaram ao topo nacional no futebol, andebol futsal e hóquei em patins
Balanço 2024
30 de dez. de 2024, 09:31
— Arthur Melo
O ano que está a terminar ficou marcado pelo regresso de
vários clubes açorianos ao patamar mais alto de algumas modalidades em
Portugal. A ascensão mais mediática foi protagonizada pela equipa de
futebol profissional da Santa Clara Açores - Futebol SAD que alcançou o
regresso à I Liga de futebol, feito que foi coroado com a conquista do
título de campeão da II Liga. A campanha de sucesso culminada em
maio teve “prolongamento” no segundo semestre do ano, já que o Santa
Clara ostenta, até ao momento, a sua melhor participação de sempre na I
Liga, ocupando um fantástico quinto lugar, o que leva a ser considerada
como a “equipa sensação” da prova. O futebol açoriano também voltou a
ter participação na Liga3, desta feita através do Lusitânia, clube que
também proporcionou o regresso da Região ao mais alto patamar do futsal
nacional, com a sua equipa a conquistar a subida à Liga da modalidade. Também
o mais alto patamar do andebol nacional voltou a contar com a presença
do Sporting da Horta entre os melhores clubes da modalidade, o mesmo
acontecendo com o Candelária que regressou ao convívio entre os
“grandes” no hóquei em patins. No voleibol, a Fonte do Bastardo ergueu, pela segunda vez na história, a Taça Federação Portuguesa de Voleibol.Pinheiro de ouroAs
maiores conquistas desportivas foram, uma vez mais, alcançadas em
modalidades ditas individuais, com destaque para a ginástica aeróbica. Tiago
Pinheiro, do Clube de Atividades Gímnicas de Ponta Delgada (CAGPD),
revalidou, ao serviço da Seleção Nacional, o título de campeão mundial
júnior, com uma atuação de grande nível em Pesaro, na Itália.Pinheiro
que ao serviço do CAGPD ajudou o clube a conquistar mais uma Taça de
Portugal e 13 títulos nacionais de ginástica aeróbicas. No
atletismo, Natacha Candé voltou a estar em grande evidência. A atleta do
Juventude Ilha Verde sagrou-se campeã nacional do pentatlo nos escalões
de Sub-18 e Sub-20, batendo ainda o recorde nacional do Heptatlo no
escalão de Sub-18, em Espanha, tendo ainda superado a melhor marca
nacional do salto em altura no escalão Sub-18, em Beja.Por seu turno, o colega de equipa, Lourenço Rodrigues, sagrou-se campeão nacional dos 3.000m Obstáculos, no escalão de Sub-23. O ano fica ainda marcado por nova presença da terceirense Ana Filipe nos Jogos Paralímpicos de Paris. No
ténis do mesa, a terceirense Júlia Leal brilhou a nível internacional
com a conquista das medalhas de outro (em Sub-15 e Sub-19) no World
Table Tennis Youth Contender, na Bósnia, tendo a mesa tenista do Juncal
alcançado a medalha de ouro no Top 12 nacional. Estes feitos foram
complementados pelas subidas, à II Divisão nacional masculina de ténis
de mesa, das equipas da Fanfarra Operária e do Clube União Desportiva do
Porto Formoso.Na vela, o destaque vai para Matilde Moules, do Clube Naval da Praia da Vitória, campeã nacional de juvenis. No
judo, Guida Ferreira (Clube de Judo de Angra do Heroísmo) e Tomás
França (Judo Clube de Lagoa) foram campeões nacionais de juvenis ,
enquanto que no Karaté o atleta Carlos Leite (Karaté Clube de Ponta
Delgada) conquistou o título de campeão nacional de juvenis em Kata
(forma). Ainda no Karaté, Martim Melo e José Primo conquistara, ao serviço de Portugal, a medalha de bronze para Portugal.Destaque
para os títulos de campeã nacional de ténis de praia, em pares
femininos e pares mistos, conquistados por Marta Magalhães e para o
título de campeã nacional sénior de futsal alcançada pela mariense
Alexandra Melo, ao serviço da equipa feminina de futsal do Benfica. Motores “silenciados”A maior ilha do arquipélago apenas contou com um evento motorizado federado no ano de 2024. Em
abril realizou-se o Azores ECO Rallye, uma prova para veículos
elétricos que foi pontuável para o “Europeu” e “Nacional”, um evento de
regularidade. Os ralis, que até tiveram duas provas agendadas, não se
realizaram, em parte devido à situação financeira do Grupo Desportivo
Comercial, mas pelos constrangimentos que o incêndio de 4 de maio no
Hospital Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, provocaram. O
motocrosse também não registou atividade, devido ao vazio diretivo que o
Rosinhas Volei Clube atravessa desde o final do ano de 2023. Ainda assim, nas duas modalidades os títulos regionais “voaram” para São Miguel.Nos
ralis, Rúben Rodrigues e Rafael Botelho sagraram-se campeões dos Açores
absolutos e das 2 Rodas Motrizes, respetivamente, enquanto no
motocrosse Henrique Benevides reconquistou o cetro regional.