Autor: Rafael Dutra
No que diz respeito à mortalidade, em Portugal foi verificado um total de 118 374 óbitos de residentes em território nacional em 2024, mais 79 do que em 2023 (118 295 óbitos), o que representou um acréscimo homólogo de 0,1%.
Nos Açores houve 2454 óbitos no ano em análise, tratando-se de um aumento homólogo, tendo em consideração que foram registados mais 85 falecimentos de residentes açorianos face ao ano anterior.
Com base na informação apresentada pelo gabinete de estatística nacional, verifica-se que a mortalidade aumentou em quatro das nove regiões NUTS II, com acréscimos superiores ao registado a nível nacional (+0,1%), destacando-se a Região Autónoma dos Açores com o maior aumento (+3,6%). Por oposição, a Madeira registou a maior descida da mortalidade (-7,6%).
A nível regional observa-se que a maior proporção de óbitos ocorreu no grupo etário dos 80 e mais anos, representando mais de metade da mortalidade em todas as regiões, variando de 52,2% a 65,4%, com exceção dos Açores, região em que a proporção de óbitos nesta faixa etária foi de 46,2%.
Conforme indica o gabinete de estatística nacional na publicação ‘Estatística Vitais 2024’, verifica-se que no ano em análise nasceram 84 642 bebés de mães residentes em Portugal, menos 1,2% do que em 2023 (85 699 nados-vivos).
Deste total de nados-vivos observados no país, 43 470 eram do sexo masculino e 41 172 do sexo feminino, “representando uma relação de masculinidade de 106 (por cada 100 crianças do sexo feminino nasceram cerca de 106 do sexo masculino)”, é referido no documento.
Nos Açores nasceram 1871 bebés de mães que residem no arquipélago açoriano em 2024, uma redução de 171 nados-vivos comparativamente ao ano transato. Este decréscimo observado equivale à maior descida homóloga registada em Portugal neste ano (-8,9%).
Segundo assinala o INE, a natalidade diminuiu em mais de metade das regiões NUTS II do país, exceto no Oeste e Vale do Tejo (+1%), na Grande Lisboa (+0,9%), na Península de Setúbal (+0,3%) e na Região Autónoma da Madeira (+2,6%).
Com
exceção da região Centro (-0,9%), nas restantes regiões o decréscimo
foi superior ao nacional (-1,2%), tendo os Açores apresentado a maior
quebra da natalidade.
Neste ano, cerca de um terço (33%) dos nados-vivos nascidos em Portugal eram filhos de mães de naturalidade estrangeira.
“Na última década, a proporção de nados-vivos de mães de naturalidade estrangeira mais do que duplicou”, acrescenta o INE, salientando que a proporção de nados-vivos de mães de naturalidade estrangeira foi superior ao valor nacional em três regiões: Grande Lisboa (47,8%), Península de Setúbal (46,9%) e Algarve (46,6%).
Nos Açores, a proporção de nados-vivos de mães de naturalidade estrangeira foi a mais baixa do país, com 7,1%.
No país houve um ligeiro aumento do número de óbitos e uma diminuição do número de nados-vivos, situação que determinou o agravamento do saldo natural, também sentido em quatro de nove regiões.
O Norte foi a
região onde se verificou o saldo natural negativo mais acentuado
(-12.471), a Região Autónoma dos Açores onde se registou o valor menos
negativo (-583) e a Grande Lisboa, pelo segundo ano consecutivo, foi a
única região NUTS II a registar um saldo natural positivo (+929), realça
o INE.