Açores pela primeira vez com quota de 55 toneladas para pesca de atum rabilho
27 de mar. de 2019, 15:37
— Lusa/AO Online
“A
partir já de amanhã [quinta-feira], e até meados de julho, os pescadores
açorianos dispõem de uma quota de 55 toneladas de rabilho, podendo
ainda atingir mais 100 toneladas para esta espécie em capturas
acessórias”, avançou o secretário regional do Mar, Ciência e Tecnologia,
Gui Menezes.O governante, que falava
durante a cerimónia de apresentação do projeto de requalificação e
modernização do entreposto frigorífico das Lajes das Flores, salientou
que esta é “a espécie de atum com mais valor no mercado”.A
medida é o “resultado do trabalho que o Governo dos Açores tem feito
junto da Comissão Europeia e da ICAT, a Comissão Internacional para a
Conservação dos Tunídeos do Atlântico, na defesa da pesca sustentável de
salto e vara que se pratica na região”, frisou.A
pesca dos tunídeos movimenta 15 milhões de euros em lota na região,
tendo representado "cerca de 40% do volume de pescado total
transacionado em lota durante o ano passado”, explicou o secretário
regional, que admitiu que “a fileira do atum tem ainda um grande
potencial para crescer em valor e, neste sentido”, a tutela está “a
trabalhar com os parceiros do setor, na valorização desta espécie”.Foi
ainda divulgado que, segundo o relatório do grupo de trabalho que
acompanha os trabalhos do PO2020, os Açores são “a região do país com o
maior investimento na área do mar, no âmbito da utilização dos fundos
comunitários”.A cerimónia, que aconteceu
no segundo dia de visita do Governo Regional dos Açores à ilha das
Flores, deu a conhecer o projeto de requalificação e modernização do
entreposto frigorífico das Lajes das Flores, um investimento de 472 mil
euros, cujo concurso será lançado ainda esta semana.Este
projeto enquadra-se na estratégia regional de “reforço das
infraestruturas de conservação, congelação e armazenamento”, que se
configura “como essencial para a valorização efetiva da fileira do atum
nos Açores”, considerou o secretário regional.O
responsável pela tutela das pescas afirmou que “2018 foi um dos
melhores anos de sempre em termos de rendimentos do setor, tendo-se
atingido 38 milhões de euros na primeira venda em lota”, na região.Na
ilha das Flores, registou-se um aumento de 14% no preço de primeira
venda do pescado, “já tendo sido descarregado o valor de 101 mil euros,
que é um aumento significativo”.