Açores/Mau tempo: PSD teme “atrasos do costume” na construção do porto das Lajes das Flores
15 de ago. de 2020, 10:50
— AO Online/ Lusa
Em nota de imprensa, o deputado regional do PSD Bruno Belo, eleito pelas Flores, congratulou-se com a “apresentação do projeto para a obra do porto comercial” da ilha das Flores, conhecido esta semana, mas disse temer que a obra “sofra os atrasos do costume”.“Mais importante do que esta apresentação será sempre a efetivação da obra, a sua realização no terreno”, declarou Bruno Belo, citado em comunicado.O social-democrata afirmou que o governo já se encontra “em plena campanha eleitoral” para as eleições regionais, referindo que o projeto apresentado pelo Governo Regional “não passa de um estudo”.Bruno Belo realçou que os “florentinos já estão escaldados com outros estudos de outras obras que foram apresentados, como aconteceu com o porto das poças”, em Santa Cruz, um estudo apresentado em 2012 e que foi “alterado por diversas vezes”.O deputado do partido na Assembleia Regional salientou que existem “diversas obras marítimas” na região, que depois de concluídas “apresentaram problemas e cujos estudos não terão tido o rigor necessário”.“O essencial é que o que for construído dê resposta às necessidades da ilha, esteja de acordo com os propósitos da sua construção e tenha acauteladas aquelas eventualidades que são depois dadas como impossíveis de prever”, apontou Bruno Belo. Na quarta-feira, o presidente do governo açoriano, Vasco Cordeiro apresentou nas Lajes das Flores o estudo para a reconstrução e reordenamento do porto comercial da ilha, cerca de 10 meses após a passagem do furacão Lorenzo, que destruiu por completo a principal infraestrutura portuária das Flores.O investimento total estimado para esta obra é de 180 milhões de euros, tendo o presidente do governo referido que a obra constitui uma "intervenção estruturante e ambiciosa" que permitirá "repensar toda a aérea portuária" atingida.A passagem do furacão Lorenzo, em outubro de 2019, causou graves danos em setores públicos e no setor empresarial privado, com perdas estimadas pelo executivo açoriano em cerca de 330 milhões de euros.O Governo da República demonstrou disponibilidade para cobrir cerca de 85% desse valor, dividindo-se o restante entre o Fundo de Solidariedade da União Europeia e o esforço da região.