Açores lançam plano de combate ao tabagismo em 2018
5 de dez. de 2017, 14:39
— Lusa/AO Online
“Temos
um consumo elevado de tabaco e, como tal, pretendemos apresentar um
plano de ação que faça com que haja uma redução efetiva do consumo de
tabaco”, adiantou o secretário regional da Saúde, Rui Luís.O
governante falava hoje, em Angra do Heroísmo, à margem de quarta
reunião de 2018 do Conselho Consultivo de Combate à Doença Oncológica
nos Açores, a quem pediu parecer sobre o plano de combate ao tabagismo. Segundo
Rui Luís, o plano prevê uma ação para evitar que as pessoas comecem a
fumar, uma para apoio à cessação tabágica, um conjunto de ações para
proteger os não fumadores do fumo passivo e a monitorização do consumo
do tabaco na região. De
acordo com dados do Inquérito Regional de Saúde, em 2014, cerca de
27,6% dos açorianos entre os 20 e os 74 anos fumava diariamente e 45,6%
admitia fumar na presença de outras pessoas, incluindo crianças.A
tutela implementou no início deste ano letivo um programa nas escolas
para incentivar os alunos do 4.º ano do ensino básico a convencerem os
pais a deixarem de fumar em casa e no carro.Outro
dos pontos na agenda da reunião do Conselho Consultivo de Combate à
Doença Oncológica nos Açores foi a adaptação do registo oncológico
regional à legislação recente que criou o registo oncológico nacional. “Estamos
a preparar-nos para publicar em 2018 um conjunto de informação do
registo oncológico regional que vai do ano 2012 até ao ano de 2016,
porque a última publicação é de 2015 e refere-se a dados de 2011. Há
aqui a necessidade de atualizar estes dados”, adiantou o secretário
regional da Saúde. Entre
2007 e 2011 foram detetados, em média, 1.050 casos de cancro por ano
nos Açores, segundo dados do registo oncológico regional, com
predominância para os cancros da próstata, do pulmão e da mama. Segundo
Rui Luís, a prioridade em 2018 é a publicação do registo oncológico
para que esses dados permitam estudar as causas do cancro na região.“O
registo oncológico é fundamental para nós percebermos o tipo de cancros
que existem e em que zonas existem para depois se poder efetivamente
estudar as causas deste mesmo aparecimento dos cancros”, frisou.