Açores interditam caça ao coelho-bravo na zona ocidental de São Miguel
16 de out. de 2019, 10:58
— Lusa/AO Online
“A Secretaria Regional da Agricultura e
Florestas, através da Direção Regional dos Recursos Florestais, vai
proceder a alterações no calendário venatório 2019/2020 relativo à ilha
de São Miguel, devido ao surgimento de um novo surto da Doença
Hemorrágica Viral (DHV) confirmado na parte ocidental da ilha e que está
a afetar a população de coelho bravo”, adianta uma nota divulgada esta
manhã pelo executivo regional.De acordo
com a secretaria, a medida pretende "minimizar a disseminação da doença
para outras zonas com grande abundância de coelho", acrescentando que
"ainda esta semana será publicada em Jornal Oficial a portaria que
procede à alteração do calendário venatório para a ilha de São Miguel,
sendo que a proibição vai durar cerca de dois meses, funcionando como
período de quarentena".Assim, "ficará
interdita a caça ao coelho e a libertação de cães de caça até 31 de
dezembro", bem como a utilização de cães-de-parar ou de cães para cobro
para a caça aos patos e para o pombo-das-rochas "até 30 de novembro, na
zona ocidental da ilha de São Miguel", explica a nota.Segundo
a Secretaria Regional da Agricultura, "a nova variante da DHV chegou
aos Açores em finais de 2014, sendo o vírus transmitido por contacto
direto entre coelhos doentes, contacto com material orgânico proveniente
de coelhos doentes ou através de vetores vivos e de objetos
contaminados, podendo os caçadores e os cães de caça funcionar como um
meio de disseminação da doença".A
secretaria refere que esta decisão de interditar a caça "foi
consensualizada numa reunião do Conselho Cinegético para a ilha de São
Miguel”.Na reunião foram apresentados os
resultados da monitorização mensal realizada para o coelho-bravo,
desenvolvida pelos Serviços Florestais de ilha, bem como concertada a
alteração do calendário venatório.